Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

‘Responsabilidade é a palavra de ordem’

O professor-doutor Pedro Fernandes, que assumirá a Reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) em 28 de setembro próximo, na solenidade alusiva à Semana Universitária, já possui uma série de itens para analisar, os quais passam a ser prioritários antes mesmo da posse. Um destes se volta ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), que se vence agora em setembro e precisa ser atualizado para que a Uern possa participar de editais nacionais e, assim, garantir recursos aos seus projetos de pesquisa e extensão. Além disso, outros pontos que merece destaque são o plano diretor do campus central e a política de expansão universitária, a qual ganhou corpo com a transformação do Núcleo Avançado de Educação Superior (NAES) de Apodi em campus universitário. Nesta entrevista, Pedro Fernandes fala das prioridades e do que já está sendo feito por suas equipes ao lado da atual gestão, para que as medidas sejam efetivadas nos primeiros momentos de sua reitoria. Acompanhe abaixo:


JORNAL DE FATO – A discussão relacionada à criação de novos campi voltou à tona voltada à situação do núcleo da Uern em Apodi. Como o senhor analisa essa questão?
PEDRO FERNANDES – A Uern tem um papel importante na formação do ensino superior no Rio Grande do Norte, sobretudo no interior do Estado. Temos hoje a participação em 16 municípios. Temos um campus central, cinco campi avançados (Assú, Patu, Pau dos Ferros, Caicó e Natal), além de parceria com os municípios, sendo 11 deles oferecendo ensino de curso superior no interior (Nova Cruz, Santa Cruz, João Câmara, Touros, Macau, Areia Branca, Apodi, Caraúbas, Umarizal, Alexandria e São Miguel). Esses municípios estão próximos uns dos outros. Nos últimos dez anos, a Uern teve essa expansão necessária, uma vez que a gente não identificava o sistema federal fazendo esse tipo de expansão do ensino superior e essa realidade mudou nos dias atuais.

MAS e como fica a questão da expansão da UERN?
ESSA questão da expansão não compete apenas às universidades estaduais. Temos aqui a Ufersa se expandindo e chegando a Pau dos Ferros, Caraúbas, Angicos e agora em Assú. Temos a UFRN fortalecendo seus campi em Caicó e Currais Novos, e vai voltar o seu polo presencial em Nova Cruz e está tentando voltar também em Macau. Temos o IFRN, com 21 municípios com estruturas belíssimas e oferecendo cursos técnicos e superior. E temos a Uern. Essa expansão não é algo que deva ser de uma única instituição de ensino superior. Estamos discutindo ensino superior, oportunidade de formação no Estado do Rio Grande do Norte e para regiões vizinhas. A gente está discutindo com essas instituições, está vendo os municípios, os polos e regiões que têm potencial e demanda. E assim a gente quer chegar com a expansão superior para todo canto. E agora tem Apodi, que é a sua pergunta.

E COMO ficará?
A Uern tem que rever essa sua política de expansão. E por que digo isso? A UFRN está entre as melhores instituições do País, é a melhor do Norte/Nordeste e está presente em cinco municípios. A Ufersa também é outra instituição que tem obtido resultados maravilhosos e está chegando ao seu quarto/quinto município agora. E a Uern, com todas as situações de manutenção, custeio e investimentos, que a gente vê isso na imprensa com a situação do Estado, está em 17 cidades. Está havendo alguma contradição nesse sentido, porque a política nacional de expansão do ensino superior do Reuni foi para as universidades federais. A política do ensino superior privada, Prouni, foi para as IESs privadas. E hoje as estaduais ainda arcam com a responsabilidade de formar no interior, se expandindo cada vez mais e sem nenhuma política de incentivo de manutenção ou de custeio. Ou seja, sem aporte financeiro. Estou contextualizando para simplesmente não dizer que sou a favor ou sou contra. Simplesmente não conheço ninguém, no âmbito da Uern, da comunidade e do Estado, que seja contra a criação de um campus avançado. Eu, enquanto reitor, terei o maior orgulho de dizer que transformei de seis campi para 10 ou 15. Contudo, quero que a gente crie esses campi de maneira sustentável e responsável. Responsabilidade é a palavra de ordem.

O QUE o senhor quer dizer com isso?
PRIMEIRO, a gente tem que ver a demanda da região. Vamos trazer para Apodi: tem uma demanda por Direito, Serviço Social e Turismo. Ao mesmo tempo, a gente sabe que o solo de Apodi tem potencial rico, sabe que a região é rica e nenhum desses cursos demandados vai trabalhar a região. A gente tem que ver o potencial da região e a demanda. E por que não expandir a Uern para Apodi pensando em cursos como Engenharia, que a Uern ainda não oferece, e curso na área da biodiversidade? A gente atenderia o potencial da região, a demanda do País, que quer engenheiros e expandia a Uern de forma interessante e com novos cursos. E sustentável. Não quero que a gente passe por situações como a gente vivencia em Caicó, onde há três anos a gente precisa de R$ 1 milhão para concluir suas obras e a gente funciona no Caic de Caicó. Em Mossoró, temos situações como essa. Não estou trazendo crise e sim a realidade, bem como a nossa responsabilidade em fazer isso. Fala-se em expandir vagas. Vamos expandir. Fala-se em criação de novos campi. Vamos criar. Agora, tudo isso com responsabilidade, com discussão e maturidade. Não adianta, pois a Uern já mostrou que não adianta... A gente está com a autoestima elevadíssima com a discussão de Apodi, por ter mostrado a importância da Uern para o desenvolvimento de um município e de uma região.

E COMO está a discussão?
TEM uma comissão do Consuni (Conselho Universitário) discutindo. Entendo que legalmente deva passar pelo Consepe (Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão), até para ver os cursos. E entendo que os cursos devam atender a demanda do País, da região e do município. Mas não é só a demanda porque alguém sempre quis fazer o curso de Direito. É uma demanda porque ali vou formar pessoas de referência. E é importante que a gente diga: temos o núcleo em Apodi há pelo menos dez anos formando pessoas. Tivemos o curso de Educação Física lá e que o núcleo acabou porque não tinha mais demanda. Temos turma de Letras e de Matemática. Em nenhum momento, nessas discussões, escutei alguém dizendo que a Uern foi ousada e custeou, durante estes dez anos, o ensino presencial superior naquele município. É importante que se ressalte o empenho da universidade. Imagine que para eu ter estes dez anos lá se deslocam carros diariamente, professores, motoristas... A gente se empenha nos entraves da burocracia acadêmica e administrativa... A gente queria escutar que a Uern é a melhor porque já investe aqui. Como não vejo a importância do núcleo, começo a achar que não valeu nada. E isso é ruim. Vamos ter calma. Não se cria universidade como se cria uma barragem. Não é uma estrutura física que vou deixar ali. A estrutura física é mínima.

HOJE, o núcleo se mantém por meio de parceria com a Prefeitura. A partir do momento em que passa a ser campus, os custos são por conta da Uern. E aí pesa...
SIM, senhor. A estrutura fica por conta da Prefeitura e a gente, com a parte acadêmica. E a parte do custeio, a qual a Uern não tem muito, tem arcado. Mas, quando assume um campus, e acho que é isso que a universidade tem que fazer: assumir a responsabilidade... Digo que não adianta dizer que tem parceria com o Município, pois se a estrutura é ruim é culpa da universidade. Ali é o egresso da nossa instituição. Temos o aspecto financeiro, operacional, acadêmico e o social. Entendo que há três anos o aspecto social era maior do que qualquer outra dimensão. Hoje, temos o aspecto acadêmico, pois o Conselho Estadual de Educação tem nos perguntado o seguinte: avalio o curso em três dimensões, o acadêmico, o social e a infraestrutura. Cadê a infraestrutura do núcleo? Na hora em que coloco no projeto que preciso dessas três dimensões, preciso realmente dessas três. Então, o aspecto acadêmico já está sendo bem complicado. O aspecto operacional: todos os dias temos professores indo e voltando. Toda a frota está indo para os núcleos. As aulas de campo estão sendo prejudicadas. Vocês devem ter escutado nossos alunos se queixando da falta de ônibus, da falta de transporte... Temos uma frota de 30 veículos que roda todo dia, indo e vindo para os núcleos. Essa parte operacional também tem pesado. Além da insegurança. E o aspecto financeiro: temos um decreto, orientando para cortar onde já não tem. E cadê o aspecto social? Ele ficou menor, porque hoje temos outras oportunidades que antes eram só da universidade. Nova Cruz, por exemplo: voltando a UFRN, a Uern não faz mais sentido para lá. E assim você vai replicando. De Areia Branca: fizemos um concurso (vestibular) para 40 vagas e se inscreveram nove. Precisamos discutir com muita clareza aonde queremos chegar.

ENTÃO, a política dos núcleos avançados vai ser revista?
JÁ ESTÁ sendo revista. Já tenho discutido com algumas pessoas e vamos tomar conta disso porque é nossa responsabilidade. Hoje, temos esse desafio, de mostrar se o egresso da universidade teve as condições adequadas para ter aquele diploma e questionar se a Uern tem biblioteca, laboratório, isso e aquilo. Preciso ter. Para isso, a gente vai ter que tomar algumas decisões.

ESSAS decisões serão para quando?
TEMOS relação boa... Temos equipe de transição que começou a trabalhar desde junho... Temos relação muito boa com a atual gestão e sempre dialoga. Mas a gente está aguardando tomar posse para tomar decisões que necessitem e que gerem conseqüências. Decisões, talvez, serão tomadas agora, para a gente ter reflexão maior e depois retome... Mas, hoje, o que quero dizer é que a Uern clama por qualidade. O nosso aluno hoje não quer mais só vir assistir aula. Ele quer passar o dia na instituição fazendo ensino, pesquisa e extensão. Nosso aluno quer banheiro, residência universitária, restaurante universitário e biblioteca, e isso estou dizendo pós-campanha. Já fui eleito e estou quase assumindo. E é esse o nosso foco. Não adianta querer outro campus se não tenho um campus realmente completo. A gente vai ter esse trabalho sim, de redimensionamento das nossas estruturas. A gente está vendo a estrutura do campus central. Um plano diretor para o campus central e um plano diretor para os campi e identificar o que é realmente necessário e buscar recursos para dotar esses locais. É incrível como hoje na instituição a gente reclama do custeio e da infraestrutura, mas não reclama dos professores e do corpo técnico. O mais difícil a gente conseguiu, que foi o material humano aqui dentro. Agora vem o desafio, que é manter, porque se não dotarmos de infraestrutura necessária, esse pessoal vai embora.

LOGICAMENTE que quando o senhor fale em rever a política dos núcleos, as particularidades econômicas das regiões serão levadas em consideração e podem surgir novos cursos e projetos na linha da pesquisa e da extensão...
A GENTE está falando em núcleos porque a pergunta inicial foi sobre Apodi e eu quis falar sobre essa capilaridade da região, mas temos que rever muita coisa. O nosso vestibular, a resolução de carga horária, a prática de ensino, pesquisa e extensão será revista. E hoje, a universidade tem que abrir suas portas totalmente para a comunidade. Tem até uma situação agora que a gente ia fazer um evento e disseram que a Uern tinha um coral, mas precisamos de um coral da comunidade também. Não posso estar isolado e tenho buscado esse contato com as representações. E como chego lá? Por meio dos alunos. Temos o compromisso de conhecer a demanda e o potencial da região. Agora mesmo, estivemos em Brasília (DF), e o ministro da Ciência e da Tecnologia ficou encantado com um projeto do CT Mineral para fazer um laboratório do sal. Ele não conhecia com propriedade a nossa região e ele mesmo colocou no portal que quer fazer uma parceria conosco. Jamais poderemos fazer uma parceria dessa sem contactar as salinas, as empresas e os empresários. Que pesquisador é esse que sabe tudo sem conhecer a prática? A nossa dinâmica será esta: de estar perto das pessoas e fazer projetos que sejam úteis para a região.

PELO que se entendeu, a pesquisa do sal será para agregar valor ao produto?
NA REALIDADE, estamos provocando o Ministério, e mostrar que temos esse potencial. Ora, a gente quer formar pessoas que possam trabalhar ali e agregar valor, quer identificar a extração e propor melhorias no processo. A gente quer identificar novas formas de comercializar o sal. A gente quer trabalhar a riqueza que temos e, melhor: formar pessoas. Não é fácil, mas a gente não conhece nenhum curso de Engenharia do Sal. A gente vê petróleo e gás, mas cadê o sal? Quando a gente vai ver no mapa econômico do RN a relação dos produtos exportados, a maioria está aqui na nossa região e não estamos formando pessoas que conhecem isso. Então, será um desafio. Já temos essa iniciativa, projetos de extensão e pesquisa. Preciso de infraestrutura, transporte e logística. Precisamos mostrar que somos fortes, que temos conhecimento e que queremos ser grandes parceiros.

ESSE projeto pode até contar, além do apoio do Governo Federal, do Governo do Estado, já que vai mexer com a economia estadual?
NA REALIDADE, o que a gente entende por uma Universidade Estadual é de que é uma grande ferramenta para fazer o desenvolvimento local, regional e estadual. Então, você imagine aí ter um corpo de docentes e de técnicos altamente qualificados naquela cultura local, naquele potencial e aí você direciona políticas. A universidade deveria funcionar assim, já que as federais atendem políticas federais. Hoje, vejo a universidade, não porque estou nela e que serei seu reitor, como instrumento de leis para o Governo do Estado desenvolver a região. Somos o principal instrumento. Também estivemos no Ministério da Saúde. Temos outra riqueza, que é o curso na área da saúde. E Mozart Sales, que é a pessoa abaixo do ministro Padilha, disse que precisaria que levássemos a secretária municipal de saúde, o secretário estadual de saúde e a governadora, porque precisava discutir isso. Ele disse que a gente precisava de apoio para expandir o polo da saúde, do ensino da saúde que temos. A gente está dentro do Governo do Estado. Estamos dentro do Estado e estamos aptos a desenvolver políticas de Estado. São políticas que independem de quem esteja à frente da Uern ou de quem esteja à frente do Governo. A Uern se coloca e vai lutar por esses espaços, para mostrar que temos potencial para desenvolver a região.

A UERN, hoje, participa de editais nacionais, mas faltam recursos para projetos. É possível atrair o Governo Federal e até mesmo o Governo do Estado para dentro da universidade?
TIVEMOS agenda em Brasília, por meio da Abruem, e apresentamos as necessidades de redução da contrapartida. Ser for convênio de R$ 200 milhões, a contrapartida será de R$ 400 mil. Então, se inviabiliza. Entregamos documento ao presidente do Senado, pedindo política nacional de apoio às universidades estaduais e municipais, no sentido de que a cada aluno o Governo nacional possa depositar R$ 2 mil ao ano. As universidades estaduais têm, hoje, cerca de 700 mil alunos. Somos responsáveis por 12%. As federais estão com 13%. As privadas estão com 75%. Somos as instituições mais capitalizadas do País, no interior, e é isso que se quer. Então, o custo de um aluno na rede federal é em torno de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Apresentamos projeto e ficará em R$ 2 mil. O Governo Federal tem que se sensibilizar. Nós nos reunimos também com o presidente da Câmara Federal, Henrique Alves, que sempre colocou a realidade e a importância da Uern e replicava para outros Estados. Conversamos com o deputado Danilo, que se comprometeu em inserir emenda para reduzir as contrapartidas. Na quarta-feira, teremos reunião com o ministro Aluízio Mercadante, para colocar a ideia de aporte de R$ 2 mil por aluno para andar. Foram situações que estão se concretizando. Também fomos recebidos pelo ministro da Ciência e Tecnologia e saímos de lá para fazer projeto de encomenda. Em nenhum momento se prometeu nada e pediram projetos. E é isso que iremos fazer. A gente entende que o Governo Federal quer se aproximar das instituições e formar pessoas de qualidade. Agora, as IES precisam se aproximar do Governo e discutir internamente. O diálogo tem nos aproximado. Recentemente, conseguimos depósito em conta de emenda do deputado Betinho Rosado de 2011, de R$ 1,2 milhão, para compra de equipamentos.


Fonte: Jornal de Fato 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Com luz vermelha acesa, Motta reage contra corte de verba à AL

Com o corte de 10,7% no orçamento determinado por decreto pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM), a Assembleia Legislativa deverá entrar em colapso financeiro. É que o orçamento anual da Casa foi estipulado em R$ 198.989.765,23 para todo o ano. De janeiro para cá, já foram gastos R$ 141.323.540,57 e recebeu R$ 129.374.867,20 de repasses do Governo Estadual. Já está com um saldo negativo de R$ 1.414.571,88.

Com o corte no duodécimo, a Assembleia terá direito a R$ 171.000.299,23. R$ 27.989.466,00 a menos. Do total gasto, R$ 131.734.743,20 correspondem à atividade legislativa. Desse montante, R$ 12.054.914,84 se direcionam para auxílio-alimentação – que é discriminado como pagamentos diversos. São números que constam do Portal da Transparência da AL.

Com isso, a luz vermelha acendeu e o presidente da AL, deputado estadual Ricardo Motta (PMN), se viu obrigado a emitir sua opinião sobre o corte orçamentário já posto em prática por Rosalba Ciarlini. Ontem, em pronunciamento na Casa, Motta resolveu agir e deixou de lado o tom pacificador que lhe costumava ser peculiar para sair em defesa da Assembleia.

“O Poder Legislativo não pode concordar com o decreto que estabeleceu corte linear no orçamento dos poderes”, afirmou Ricardo, deixando entender que não concorda com a medida adotada pela governadora e que buscará mecanismos legais para que o Poder Legislativo não seja prejudicado, a exemplo do que fez o Ministério Público Estadual e como ameaça o Tribunal de Justiça do Estado.

Para Ricardo Motta, o percentual de redução ao orçamento aplicado pelo Governo do Estado deveria ter sido com base na proporcionalidade. Contrapondo ao tom crítico, o presidente da AL disse que o quadro atual remete a uma situação considerada grave por ele e que deve ser discutido por todos. “Falo em nome da Assembleia, acima das minhas posições políticas que não estão sendo colocadas nesta hora. Falo em nome da Casa. Das responsabilidades que tenho. Nossos técnicos examinaram cuidadosamente os efeitos desse corte, mas já é possível afirmar que o percentual aplicado deveria ter sido com base na proporcionalidade. Também se pode  informar que a Lei das Diretrizes Orçamentárias exclui, para fins de empenho, as despesas com o pagamento de pessoal”, afirmou.

E acrescentou: “É chegada uma hora em que o Poder Legislativo tem que firmar sua posição de acordo com as suas prerrogativas, sobretudo com a sua independência, sem confronto, mas defendendo sua liberdade. Quero ressaltar a disposição pelo diálogo, mas este só acontece quando todos estão dispostos a interagir.”


Com essas palavras, Ricardo Motta evidenciou que, apesar de Rosalba Ciarlini negar a existência de crise entre os poderes, tudo caminha para que as dificuldades de relacionamento sejam pioradas. Ao dizer que o diálogo ocorre quando todos estão dispostos, o presidente da Assembleia Legislativa deixou bem claro que o Governo do Estado tem se negado à prática e, de certa forma, estaria impondo algo sem fazer a devida comunicação necessária antes de tomar as decisões.

Fonte: Jornal de Fato

terça-feira, 6 de agosto de 2013

TJ garante retorno de servidores exonerados aos seus cargos

O Tribunal de Justiça do Estado (TJE/RN) está corrigindo distorções administrativas cometidas pelo prefeito de Grossos, José Maurício Filho (PMDB), que exonerou 36 servidores concursados por meio de decreto, datado de 10 de janeiro. Os primeiros recursos foram julgados e três servidores obtiveram, via judicial, o devido retorno aos seus cargos.

Com isso, a tese de irregularidade vem abaixo, já que o Tribunal de Justiça não iria compactuar com a tática adotada pela assessoria jurídica da Prefeitura de Grossos. Também fica caracterizada a tese de perseguição, já que os exonerados não apresentaram motivos para sofrerem ato extremo do prefeito.

Os servidores primeiros servidores que conquistaram o retorno aos seus cargos são: Luana Naara, Antônio Elton e Ana Mara Alves.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

‘Para a parceria 2015 em diante, podemos tratar no próximo ano’

O PMDB de Mossoró tem pretensão de apresentar postulantes à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal nas eleições do próximo ano. Pelo menos é o que pensa o vice-prefeito Wellington Filho, que está na titularidade do cargo até amanhã, quando do retorno da prefeita Cláudia Regina (DEM) a Mossoró. Segundo Wellington, nomes serão discutidos no momento oportuno e que agora não é o momento de se discutir 2014. “Não é hora. A população concorda com isso, de que tenhamos que priorizar a administração. Vamos tratar de parcerias administrativas que foram feitas em 2010 para até o final de 2014”, disse, mantendo o posicionamento do presidente estadual da legenda, deputado federal Henrique Eduardo Alves. No plano municipal, Wellington Filho faz um balanço dos seis meses de administração e aponta que a área da mobilidade urbana é um dos gargalos que a atual gestão municipal deve encarar. Ele discorre sobre o relacionamento envolvendo Executivo e Legislativo, reconhece que existem rusgas, mas considera que é fato normal. Leia abaixo:

JORNAL DE FATO – O PMDB de Mossoró tem projeção de espaço para as eleições de 2014?
WELLINGTON FILHO – O PMDB de Mossoró tem interesse de participar mais ativamente das eleições de 2014 do que de 2010. A gente já conversou sobre isso, de que tenhamos candidatos do PMDB, local, sem gente poder dizer quem são esses candidatos, e sim de alguém que se habilite a sair candidato, seja a deputado estadual e deputado federal. É uma idéia, mas não estamos tratando de eleições. Até porque o diretório estadual do PMDB ainda não está tratando da eleição em si, mas a gente tem interesse e acha que o partido pode ter espaço na Assembleia Legislativa. Achamos que existem condições e temos envergadura suficiente para isso. Nossas intenções, pretensões e sonhos são de que o PMDB de Mossoró cresça ainda mais e de ampliar mandatos na esfera estadual.

QUANDO é que se discutirá essa questão?
VAMOS esperar um pouco mais. Primeiro, a gente vai organizar o diretório. A presidente Izabel Montenegro já está cuidando disso, pois ainda é uma comissão provisória, para as eleições ocorrerem e o partido se organizar internamente. Com relação à definição de candidatos, chapas e apoios, só podemos fazer com a sinalização do diretório estadual. Temos que saber os rumos que serão tomados pelo diretório estadual, com relação a apoios, à candidatura própria ou à continuação da parceria com o DEM estadual. Esperamos por essa sinalização.

O PMDB é um partido de projeção, mas por que em Mossoró ainda existe a comissão provisória?
É ALGO que não consigo entender. Venho trabalhando nos bastidores do PMDB e tentando ajudar desde 2007. Mas, não entendo os motivos pelos quais continua sendo comissão provisória. Acho que não houve ainda uma forma de mudança... Pode até ser uma forma de confiança da direção estadual, que é quem nomeia a direção municipal, de pensar que queira as mesmas pessoas, até que sinta harmonização suficiente para se ter eleição. Mas, sinceramente, não sei dizer por que continua dessa forma. Só sei que sou um dos que querem que haja a mudança e o amadurecimento, pois considero que seja amadurecimento quando sai de comissão provisória para diretório.

O PMDB estadual tem se esquivado a comentar sobre 2014, sobre apoios ou não à governadora Rosalba Ciarlini, que pavimenta sua candidatura à reeleição...
ACHO que o PMDB tem total razão em não falar de eleição neste ano. Vou tratar da forma como o PMDB tem tratado, até porque acho que atrapalha a administração. Estamos em julho de 2013 e temos até junho de 2014 para tratar, discutir e definir. Acho que se você colocar a política partidária ou as intenções pessoais em uma eleição futura, à frente da administração, isso atrapalha. Até discordo de você, que seja se esquivando de falar sobre isso. Não é hora. A população concorda com isso, de que tenhamos que priorizar a administração. Vamos tratar de parcerias administrativas que foram feitas em 2010 para até o final de 2014. Para a parceria 2015 em diante, podemos tratar no próximo ano. Mas existe o interesse. Mas, precipitado é antecipar essa discussão. Não tem por que discutir isso agora. Se temos uma parceria firmada em 2010, vamos cumpri-la. Nada anormal que sigamos em diante, com a confiança da governadora Rosalba. Óbvio que existem as discordâncias dentro dessa parceria, mas discutir isso agora é atrapalhar a administração.

O SENHOR assumiu a titularidade do cargo e continua até segunda-feira. Como está sendo a experiência?
BOA. A gente tem acompanhado as obras, os andamentos dos serviços. Temos conversado com secretários, equipe econômica, para que tudo caminhe dentro da normalidade. Meu interesse, ao assumir a Prefeitura, ao contrário do que muitas pessoas podem imaginar, não foi o de fazer algo extraordinário ou fora da normalidade. Pelo contrário: é manter a normalidade. Se a gente trabalha com planejamento, fala em metas e tem uma equipe coordenada, não há porque em um afastamento da prefeita se falar em ação extraordinária ou fora do normal e pessoal do vice-prefeito. Caso isso acontecesse, seria fraqueza ou falta de organização e de coordenação. Mas o meu principal interesse, ao assumir a Prefeitura e de vice-prefeito, é o de trabalhar pelo bem da população. É natural, e quero que seja tratado como natural quando voltar para a Vice-Prefeitura, que eu possa trabalhar da mesma forma, falar com os secretários da mesma forma, ouvir a opinião deles, sugerir e conseguir que as ações sejam implementadas, seja como vice-prefeito ou quando temporariamente a gente precisar assumir a cadeira. Encara dessa forma. Se a gente conseguir devolver a administração à prefeita dentro da normalidade, e se possível até melhor, pois o intuito da administração é sempre melhorar, vou estar cumprindo meu papel. Considero como dever cumprido se não tiver nada de extraordinário nessa caminhada.

O SENHOR tem acompanhado as ações que são desenvolvidas de janeiro para cá. Qual o balanço que se faz do primeiro semestre?
POSITIVO. A gente traça metas e as metas traçadas pela equipe, conseguimos cumprir mais de 80%. Temos notado avanço na prestação de serviços na saúde. A educação tem melhorado. Temos notícias boas da secretária, professora Ieda. As escolas abrindo em fim de semana, pois temos sete que abrem em fim de semana; escolas em tempo integral que aumentam o número de alunos. As obras caminham bem. São obras pequenas, mas que precisavam ser feitas, como o pontilhão do Redenção, e beneficia toda a parte de mobilidade do conjunto quanto à questão sanitária, já que existia lama e prejuízo à população. Um balanço positivo em todas as áreas do governo.

JÁ QUE o senhor falou na questão da mobilidade, que é um assunto em evidência, no Centro da cidade faltam espaços para carros e o pedestre fica totalmente esquecido...
CONCORDO com você. A gente tem trabalhado nesse sentido. Falar no sentimento de evolução da mobilidade urbana não é nem de alargar as ruas para que os carros de passeio possam trafegar... Vamos priorizar a questão do transporte público, pois é algo que vem sendo discutido em todo o Brasil. Tivemos ações e chamamos as empresas de ônibus e as advertimos do papel que elas têm que desenvolver à população. A idéia do Governo Federal também é essa. O Ministério das Cidades hoje faz liberação de recursos e aprovação de projetos muito mais aos que se voltem à mobilidade urbana de pedestres, ciclistas e transportes urbanos de grande quantidade. Está sendo feito planejamento nesta direção. Consideramos o Centro de Mossoró com situação difícil e estamos trabalhando para que não se instale o caos. O Governo Federal facilitou a compra de carros de passeio e houve aumento em todo o Brasil, mas não foi pensado, pelos governos, onde os carros iriam trafegar. Temos projetos e conversei com o secretário Alexandre Lopes justamente sobre isso, de como fazermos para regularizar a situação das linhas de ônibus... Voltar para que os ônibus sejam atrativos e trabalhar para que as licitações sejam frutíferas, não sejam desertas... Privilegiar ciclovias e espaços para pedestres, mas para isso a gente precisa conversar com a população. Não é fácil, pois as nossas calçadas foram ocupadas por camelôs e comerciantes informais. Não se pode passar e levar todo mundo, pois são famílias. Então, tudo isso tem que ser discutido com a população e buscar uma solução. Mas concordo que é um gargalo, o qual a gente vai ter que ultrapassá-lo.

A PARCERIA com o servidor público tem se mantido?
NESTA semana, a gente deu que isso é uma realidade. Lançamos um programa de capacitação para todos os profissionais da saúde, no qual uma equipe irá às Unidades Básicas de Saúde, não os tira do ambiente de trabalho, para instruí-los, acompanhar a prática e fazer o treinamento. A parceria é um respeito ao servidor, uma valorização. É algo bem simples: valorizando o servidor e este realizando um bom serviço, quem ganha é a população, que usufrui dos serviços. É nesse sentido que a Prefeitura trabalha, com diálogo. Temos conversado bastante com servidores e sindicato. A gente vê sempre a presença de secretários com servidores, conversando, bem como a própria prefeita.

COMO o senhor analisa o relacionamento do Palácio da Resistência com a bancada na Câmara Municipal?
EXISTEM muitas reivindicações e conversas da bancada para com a prefeita, bem como da prefeita com a bancada. Esse diálogo faz parte. Temos parceria positiva com o Legislativo e mantemos um relacionamento respeitoso. Conversei nesta semana com alguns vereadores, e cada um tem suas necessidades e demandas. A gente entende que quando eles nos procuram é pelo bem da população, pois não são pedidos pessoais. Vejo com naturalidade essas reivindicações, bem como algumas rusgas – e aqui estou sendo bem sincero – ou algum estremecimento, mas isso é natural.

Fonte: Jornal de Fato

terça-feira, 23 de julho de 2013

‘Acreditamos que é na junção de todas as instituições que iremos fortalecer as ações’

A administração da prefeita Cláudia Regina (DEM) fechou o semestre com 85% das metas estabelecidas para o período, conforme informou recentemente a Secretaria Municipal de Comunicação Social. A prefeita determinou que seus auxiliares busquem alternativas para complementar os 15% que faltaram e, para isso, é preciso planejar ações que envolvam atividades conjuntas. Diante disso, e fazendo um balanço dos primeiros meses da nova gestão, o JORNAL DE FATO inicia hoje uma série de entrevistas com secretários de pastas que se apresentam com maior responsabilidade, entre elas a de Desenvolvimento Social, Educação, Desenvolvimento Urbano e Saúde. Iniciando o bate-papo, a secretária Patrícia Leite, do Desenvolvimento Social, anunciou a expansão do programa “Viver sem Drogas”, que será inserido nas atividades do programa “Crack, é possível vencer”, desenvolvido pelo Governo Federal. “Vamos poder ampliar as ações, pois trabalhamos na linha da prevenção e vamos poder trabalhar na assistência e na repressão. Por isso vamos ter uma parceria mais forte com as áreas da saúde e da segurança”, informou. Nesta entrevista, Patrícia discorre sobre temas cruciais da sociedade, como drogas, gravidez precoce, juventude e idosos e apontou como a Prefeitura de Mossoró pretende trabalhar cada item.


JORNAL DE FATO – As drogas, tidas como o principal mal do século, provocam a maioria das mortes entre jovens em Mossoró, direta e indiretamente. Como o Programa Viver sem Drogas vai ao encontro das famílias para que haja um trabalho preventivo?

PATRÍCIA LEITE –Iniciamos agora neste ano, de fato, o programa Viver sem Drogas e funciona em 18 equipamentos sociais, nos Centros de Referências e nas Casas da Nossa Gente. Levamos atividades esportivas e culturais para os jovens, para que eles possam gastar suas energias, receber novos conhecimentos e acessar novos valores para que eles não enveredem para o mundo das drogas. O programa Viver sem Drogas vai ser ampliado com o programa “Crack, é preciso vencer”. Apenas três cidades do Rio Grande do Norte conseguiram adesão ao programa, que é nacional. E Mossoró é um destes municípios. Vamos poder ampliar as ações, pois trabalhamos na linha da prevenção e vamos poder trabalhar na assistência e na repressão. Por isso vamos ter uma parceria mais forte com as áreas da saúde e da segurança. Vamos atuar na área da prevenção, no cuidado, da assistência e da repressão. Temos que atingir todos esses eixos para que os casos da violência possam, de fato, ser reduzidos


TEM-SE percebido que não basta apenas trabalhar o jovem. As famílias ficam fragilizadas...

EXISTE a preocupação com a família. A prefeita Cláudia Regina orienta para que todas as ações sejam voltadas e articuladas para a família. Aqui na Secretaria do Desenvolvimento Social, já fazemos esse trabalho, que acontece nos Centros de Referências da Assistência Social e vai ser ampliado agora nos espaços onde funcionam os PETIS, que serão transformados em Serviços de Convivência à Família. São espaços onde buscaremos trazer o pai, a mãe, os avós dos jovens para participarem das atividades. Compreendemos que se nós trabalharmos só os jovens não iremos atingir o nosso objetivo.


EMBORA se tenha ação voltada para o jovem, ele precisa ocupar seu tempo também com alguma atividade rentável. Como trabalhar essa questão?

POR orientação da prefeita Cláudia Regina, as secretarias de Desenvolvimento Social, Saúde, Educação, Geração de Emprego e Renda estão discutindo para elaborar um projeto que busque a inserção do jovem no mercado formal de trabalho. Temos hoje os cursos do Protanec, que são técnicos e voltados para adolescentes e jovens que tenham o ensino médio completo. Vamos ampliar a ação com o conjunto de secretarias, pois teremos que atuar na prevenção, ampliar o conhecimento e expandir a inserção destes jovens para que eles garantam sua sustentabilidade no mercado formal.


SABE-SE que as drogas fazem parte também do cenário escolar, já que alguns traficantes apostam no público jovem. Existe alguma ação que envolva alunos e professores?

O VIVER sem Drogas, neste segundo semestre, está buscando trabalhar as escolas que estão próximas dos Centros de Referências. A criança e o adolescente que frequenta o Centro de Referência é o mesmo que frequenta a escola. Neste primeiro semestre, já realizamos algumas ações nas escolas para os pais e agora vamos ampliar a ligação do Centro de Referência com a escola para facilitar a identificação de casos e a prevenção.


PELO que a senhora está dizendo, será um trabalho em conjunto...

NÃO acreditamos em ação na área social que não envolva saúde, educação, segurança pública, a cultura e a subsecretaria do trabalho. Até porque o slogan da administração da prefeita Cláudia Regina é “Todos por Mossoró”. Então, acreditamos nesta junção de forças para que a prevenção às drogas e à violência, para que a inserção de jovens no mercado de trabalho sejam realmente fortes e deem resultados.


COM relação ao idoso?

TEMOS atenção especial ao idoso. Tanto que estamos fortalecendo os Centros de Referência. Somos parceiros da Gerência da Gestão Ambiental no que trata do programa Idoso Cidadão. Os idosos são multiplicadores na prevenção e da área de preservação no bairro. Cada bairro onde acontece o mutirão social, os idosos dos Centros de Referências e da Casa da Nossa Gente são capacitados para serem esses agentes multiplicadores para identificarem, dentro do seu bairro, lixo, os esgotos e saberem para onde ligar, bem como orientar a família e preservar o meio ambiente. São ações que se fortalecem. Trabalhando o idoso, pois ele pode contribuir com a sociedade com os conhecimentos de vida. Por isso que estamos ampliando o programa Idoso Cidadão.


AINDA na questão das drogas, se houver algum jovem que ameaça a família, tem um comportamento agressivo por uso de drogas, como a secretaria pode intervir nestes casos?

SÃO casos realmente difíceis. Amanhã (hoje), vamos fazer uma reunião com todos os agentes de proteção de Mossoró e que trabalham na área da proteção, como os Conselhos Tutelares, Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente... Dois promotores da Vara da Criança e da Juventude já confirmaram presença... teremos representantes da Casa de Passagem, Centro de Referência e dos NIAC’s. Vamos discutir a rede de proteção e pensar não apenas nas crianças e jovens vítimas da violência, mas também em crianças e adolescentes que geram violência no interior de suas famílias. A gente está reestruturando essa rede para que as ações sejam melhor encaminhadas. Muitas vezes se denuncia na Promotoria, que encaminha para a Assistência Social para que as visitas e acompanhamento às famílias sejam feitos. Queremos ampliar esse trabalho. Acreditamos que é na junção de todas as instituições que fazem ao atendimento à criança e ao adolescente que iremos fortalecer as ações.


O CIDADÃO pode informar casos de violência nesse sentido?

PODE informar à Secretaria ou ao Centro de Referência de Assistências Social, o Creas, que funciona na Avenida Rio Branco. O telefone é o 3315- 4882, no horário comercial, de segunda a sexta-feira.


AS UNIDADES Básicas de Saúde identificam casos de gravidez precoce, que geram conflito familiar. A secretaria acompanha estes casos?

ACOMPANHAMOS por meio do programa chamado Mãe Mossoroense. Fazemos uma parceria com as Unidades Básicas, que encaminham os casos para os Centros de Referências. Qual a exigência que fazemos? Que a gestante esteja com o cartão de vacina em dia, com suas consultas de pré-natal e pesagens em dia. Nos Centros ela recebe toda a orientação necessária e aprendem a confeccionar o seu enxoval, recebem orientações nutricionais e também do bebê, após o parto. Temos preocupação com a mãe e com a criança e acompanhamos desde a gestação para fortalecer o vínculo familiar.


E NOS casos de adolescentes grávidas?

TEMOS foco especial para as adolescentes gestantes. A gente quer acompanhar essa adolescente e que ela se insira no mercado de trabalho. Não só adolescente grávida, como as adolescentes e mulheres vítimas da violência e que são atendidas no Centro de Referência à Mulher, no Alto de São Manoel, onde temos como meta: a inserção destas mulheres no mercado de trabalho.


COM relação à zona rural? A Assistência Social tem alguma ação nas comunidades rurais?

ESTAMOS ampliando o atendimento à família na área do Jucuri, que é uma comunidade grande e possui vários assentamentos em seu entorno. Temos o PETI do Jucuri, que passará a ser o Serviço de Convivência e de Fortalecimento de Vínculo. Lá não atenderemos somente a criança, e sim o idoso, a mulher, o jovem, a gestante. É um trabalho inovador que estamos levando para a zona rural e que pretendemos expandir para outras comunidades. No Jucuri, será uma ação fixa e funcionará no prédio do PETI. Nas outras comunidades, estamos aderindo à modalidade dos CRAS itinerantes. São equipes que percorrem a área rural de Mossoró, que é ampla. Levando atendimento psicológico e social. Até o final do ano, queremos realizar essa ação.


PARA essas ações, logicamente que o papel da assistente social é imprescindível. Atualmente, o município possui em torno de 70 profissionais em seu quadro fixo de servidores. Será preciso realizar algum concurso?

É COMPROMISSO da prefeita Cláudia Regina a realização do primeiro concurso público para a área da assistência social. Vamos realizar concurso não só para assistentes sociais, como também para outros profissionais que tenham curso superior, para que nossos serviços possam ser ampliados com qualidade. Até o final do ano esse concurso será realizado.


O PAVILHÃO Social, instituído no Mossoró Cidade Junina, cumpriu seu papel?

A EXPERIÊNCIA foi extremamente positiva. Foi o primeiro ano que levamos ao Cidade Junina todas as ações que são desenvolvidas nas áreas mais carentes. O pavilhão cumpriu seu papel, pois a prefeita Cláudia Regina disse que teríamos um espaço destinado à família no Cidade Junina. Começávamos a funcionar às 4 da tarde e íamos às 9 da noite. Temos a certeza que estaremos no cenário do Cidade Junina no próximo ano, compondo a grande ação que acontece no mês de junho.


Fonte: Jornal de Fato

segunda-feira, 22 de julho de 2013

‘O Brasil não pode ser só o país das bolsas’

A voz das ruas ecoou no Congresso Nacional e atingiu o Palácio do Planalto. De todas as partes do Brasil, o sinal de aviso foi um só: o povo quer mudanças em setores cruciais da sociedade, como saúde, educação e segurança, além de melhorias concretas na questão relacionada à mobilidade urbana. Oposição e governo travam batalha aberta, mas os dois querem o mesmo: que as alterações propostas pela população sejam debatidas e realizadas. Uma delas diz respeito à reforma política, tema evidenciado pela presidenta Dilma Rousseff (PT) no auge das movimentações populares. Para o presidente nacional do Democratas, senador potiguar José Agripino Maia, o tema representa importância, mas a reivindicação do povo vai além disso. Apesar de reconhecer que a reforma seria interessante, o democrata classifica a manobra da presidenta como oportunista: “Para mim, uma manobra claramente diversionista, já que, naquele momento, a pauta da sociedade era mobilidade urbana, preço de transporte coletivo, metrô que não existe, hospital superlotado, saúde inexistente, educação de má qualidade, corrupção. Isso, sim, é o que a sociedade estava e está clamando nas ruas.” Nesta entrevista, José Agripino fala desse e de outros temas, como o fato de o Brasil ter apostado, ao longo de 18 anos, em bolsas sociais para reduzir as desigualdades. Ele enfatizou que Dilma Rousseff errou ao se apresentar como uma administradora “infalível e dona da verdade. “Governa um governo inchado, com gerentes de qualidade duvidosa e pressupostos econômicos equivocados.”


JORNAL DE FATO – A reforma política voltou ao cenário político nacional depois das recentes manifestações populares em todo o Brasil. Para o senhor, por que somente agora a presidenta Dilma Rousseff nutre interesse em discutir o tema?
JOSÉ AGRIPINO – A reforma política é um debate que se impõe, sem sombra de dúvida, no cenário nacional. Nós tentamos, durante anos, aprová-la no Congresso, mas a própria base do governo do PT sempre impediu a continuação da tramitação da matéria. Surpreendentemente, após as manifestações que tomaram conta das ruas do País, a presidente Dilma Rousseff ocupou a rede nacional de televisão para propor um plebiscito sobre reforma política. Para mim, uma manobra claramente diversionista, já que, naquele momento, a pauta da sociedade era mobilidade urbana, preço de transporte coletivo, metrô que não existe, hospital superlotado, saúde inexistente, educação de má qualidade, corrupção. Isso, sim, é o que a sociedade estava e está clamando nas ruas. Mas, entendo que a reforma política é tema importante, e agora, com o repentino interesse do governo, vamos tentar aprovar seus principais temas.

A IDEIA do plebiscito com validade para 2014 foi defendida pela presidenta. A Câmara Federal já avisou que não se terá tempo para discutir o assunto. Qual seria a melhor maneira para atender a massa?
MEU partido sempre defendeu uma consulta popular consequente, em que o povo possa opinar com conhecimento de causa. Por isso, apoiamos um referendo. Ou seja, abre-se o debate entre todos os partidos no Congresso – que tem a prerrogativa para fazer a reforma –, explicando suas posições com relação à lista fechada, a voto distrital misto, à cláusula de barreira, a financiamento público de campanha para, de discurso em discurso, gerarmos notícias que cheguem às pessoas. Isto é, pelo nosso debate, leva-se à consciência dos brasileiros o que significa cada tema – hoje, não muito bem conhecido pelo cidadão comum – na profundidade que precisa ter, para que ele possa opinar, aí sim, em um referendo.

ALIADOS do governo afirmam que a oposição está atordoada e que não compreende o que vem das ruas, dos recentes protestos. Para o senhor, o que está acontecendo?
AS MANIFESTAÇÕES das ruas atingem a classe política como um todo, não apenas a oposição ou o governo. A população, que anda inquieta, e com toda razão, dá demonstrações claras de que não está satisfeita com a democracia representativa, com seus eleitos, sejam governadores, prefeitos, deputados, senadores. Há uma crise de representatividade. As pessoas se sentem enganadas pelo fato de terem eleito representantes que não estão cumprindo aquilo que elas achavam que iriam fazer ou que haviam prometido. Daí, a individualidade ter ido para rua. É um fenômeno novo, em que as frustrações individuais foram articuladas pelas redes sociais, mas as pessoas foram para as ruas motivadas pelas mais diversas razões com foco, porém na frustração da representatividade. Mas é preciso ficar bem claro que os protestos das ruas evidenciam, sem dúvida, descontentamento com o governo.

É NATURAL que um governo de esquerda sofra pressão popular?
É NATURAL que todo governo que não cumpre promessas e oferece serviços públicos cada vez mais precários sofra pressão popular.

O BRASIL está inserido no Mercosul e mantém contratos apenas com três países, já que as decisões relacionadas à economia (importação e exportação) são tomadas em bloco. O que estaria faltando para que houvesse incremento na economia nacional? Estaria ligado à pouca possibilidade de negócios com o Mercosul?
NOSSA presença no Mercosul limita a possibilidade de acordo bilateral do Brasil com outros países, como o faz o Chile, por exemplo. Posições da Argentina, e agora da Venezuela, sitiam o Mercosul no âmbito de posições ideológicas fora de contexto.

NA LINHA econômica, passando pelo social, o Governo tem insistido na ideia de criar programas sociais para amenizar a crise e reduzir as desigualdades. É o caminho certo?
OS PROGRAMAS sociais têm sua relevância. Tanto que apoiamos, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o Bolsa Escola, hoje desenvolvido e evoluído para o Bolsa Família. Acredito que o Bolsa Família tem grandes vantagens, como retirar as pessoas da faixa da pobreza e possibilitar a compra daquilo que elas nunca pensaram em ter, como geladeira, televisão etc.. Mas, sempre defendi que os programas sociais ofereçam não somente uma porta de entrada, mas também de saída para os beneficiários, que não criem laços de dependência eterna entre os que recebem e o Estado. A distribuição de renda pública para tirar pessoas da miséria é importante, mas não pode ser a coisa mais importante de um governo. É preciso ter sustentação, e é algo que o governo do PT tem falhado. O Brasil não pode ser só o “país das bolsas”.

O SENHOR crê em alteração no cenário político, já que a população está nas ruas e exigindo mudanças?
SE VOCÊ observar, as manifestações espontâneas colocadas no Facebook, nas redes sociais, são de uma inteligência, de uma argúcia e de uma capacidade de percepção do que está certo e errado absolutamente incríveis, com poder de motivar, mobilizar e mudar. A inteligência da população brasileira está indo para as ruas manifestar sua insatisfação e está obtendo resultados. Acredito que obterá cada vez mais. O que é preciso é que haja uma sintonia entre aqueles que se submetem ao voto popular e essas insatisfações. Em relação à classe política, é preciso humildade para entender que, se quiser ser político, tem que ir para a vida pública disposto a ser intérprete da solução dos problemas do povo. Quem não considerar isso, vai pagar um preço alto e vai se submeter à vaia continuada na rua. Quem está na vida pública, tem que ter consciência de que está ali para servir e não para usufruir do cargo.

ONDE a presidenta Dilma Rousseff errou?
EM SE apresentar como administradora infalível e dona da verdade. Governa um governo inchado, com gerentes de qualidade duvidosa e pressupostos econômicos equivocados. Hoje, assistimos à volta da inflação com uma economia crescendo aos menores níveis da América do Sul. Temo que o próximo passo possa ser a volta do desemprego.

A ALTERAÇÃO relacionada ao curso de Medicina, de seis para oito anos, dos quais dois seriam dedicados pelos novos médicos à saúde pública, é a melhor alternativa para resolver o problema da falta de profissionais no interior?
A SAÍDA para resolver a crise que vive a saúde pública do Brasil está em se votar os 10% da receita bruta – e não líquida – da União para a saúde pública. Isso, sim, é injeção na veia.

NO PLANO potiguar, é possível pensar na reeleição da governadora Rosalba Ciarlini, já que o governo democrata enfrenta dificuldades?
ROSALBA é a minha candidata.  Cabe a ela decidir se quer ser candidata.

Fonte: Jornal de Fato


sábado, 20 de julho de 2013

Rombo na Previdência é fruto de 10 anos fraude

A notícia de que houve fraude na Previdência Social estimada em R$ 33 milhões, publicada na coluna Radar da revista Veja, é parcialmente procedente. A afirmação foi feita ao blog pelo assessor do ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho (PMDB) - José Wilder. Pela informação veiculada na revista, o montante teria ocorrido na gestão de Garibaldi. O que é improcedente, segundo Wilder.

O valor corresponde à investigação feita ao longo de 10 anos, pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, que apuraram denúncias acerca da existência de fraudes na Previdência, envolvendo quadrilhas especializadas no tema que ludibriaram cidadãos e o próprio Ministério da Previdência, para provocar o rombo.

O assessor do ministro disse ao blog também que o "lançar lupa" sobre a gestão de Garibaldi Filho no Ministério da Previdência, quer dizer que o ministro não compactuou com as falcatruas, e sim que após denúncias e as suas devidas investigações, foi constatada a existência de fraudes.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Rosalba ganha reforço para mudar imagem do governo

Rosalba acompanhou votação de financiamento no Senado
Dois anos e seis meses de governo. Igual período de turbulências administrativas. A morosidade em apresentar ações concretas à população representou, até pouco tempo, ameaça séria ao projeto de reeleição da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Mas eis que veio a solução para os problemas: a liberação, pelo Senado Federal, para que o governo potiguar pudesse concretizar financiamento de US$ 360 milhões ao Banco Mundial, cuja verba soma-se a US$ 180 milhões já garantidos pela mesma instituição financeira. Em outras palavras, Rosalba terá cerca de R$ 1 bilhão para mudar a face da sua administração. O dinheiro já tem destino certo: o programa “RN Sustentável”, que desenvolverá ações voltadas à cadeia produtiva do Estado e unirá praticamente todas as áreas da economia norte-rio-grandense.

Após a aprovação do financiamento ao Banco Mundial, a governadora Rosalba Ciarlini comemorou e disse que foi fruto de “bom projeto e capacidade de endividamento do Estado.” O certo é que a governadora passou longo período falando em uma dívida de quase R$ 1 bilhão, herdada dos governos Wilma de Faria (PSB) e de Iberê Ferreira de Souza (PSB). Agora, conforme ela afirmou, o débito caiu para R$ 500 milhões.

Com o financiamento de quase R$ 1 bilhão, as ações do Governo potiguar tendem a alavancar a imagem da governadora, que está desgastada em virtude de obras que estão paradas em algumas regiões do Rio Grande do Norte. Agora, além de desenvolver projetos relacionados ao “RN Sustentável”, o governo democrata potiguar ganha fôlego para sequenciar ações já iniciadas. Logo após a aprovação do financiamento, a assessoria de imprensa do governo potiguar enviou informações às redações.

Segundo o material, a governadora afirmou que os investimentos contratados ao Banco Mundial financiarão “projetos sustentáveis de inclusão produtiva, em sintonia com o programa do Governo Federal de erradicar a miséria absoluta; de melhoria dos serviços de educação, saúde e segurança; e de modernização do processo de gestão pública.”

Imagem
A aprovação do financiamento de US$ 540 milhões deixa a governadora aliviada. Ela poderá transformar a imagem pessoal e do próprio governo. Pelo menos foi o que deixou transparecer o senador potiguar José Agripino Maia (DEM).

“Esse empréstimo vai financiar um crescimento sustentável, na provisão da infraestrutura, saúde, educação, na preparação do ambiente físico, pessoal e humano para que as vocações do meu Estado se viabilizem em matéria de emprego e renda para as pessoas”, disse Agripino. Em outras palavras, José Agripino quis dizer que agora o governo anda. E mais: será um dos defensores da governadora, função que ele não desempenhou ao longo dos mais de dois anos de desgaste.


Com relação à imagem dela e do governo, a governadora Rosalba Ciarlini já sabe como agir. E ela mesma evidenciou claramente como o programa “RN Sustentável” atuará: nos municípios. A governadora sabe perfeitamente que precisa do reforço político para sua candidatura à reeleição ganhar robustez. E tudo começa nas cidades.


Fonte: Jornal de Fato

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Prefeita reunirá bancada hoje no Palácio da Resistência

A prefeita Cláudia Regina (DEM) reunirá os vereadores da bancada governista às 16h de hoje no Palácio da Resistência. Não se sabe a pauta, mas certamente o tema "líder do governo" será posto. É que a maioria dos parlamentares da situação não estão gostando da maneira como o vereador Manoel Bezerra de Maria (DEM) está conduzindo o grupo. Estaria faltando liderança ao líder.

Na discussão relacionada à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA), que antecede ao Orçamento Geral do Município, os vereadores insatisfeitos com a liderança de Manoel Bezerra mandaram recado claro à prefeita e inseriram mais de 100 emendas, as quais foram derrubadas pelos próprios parlamentares depois que a prefeita reuniu a bancada e exigiu fidelidade.

O encontro de hoje não fugirá da reunião anterior. O nome de Manoel Bezerra está "fritando". Se ele permanecerá na liderança, ninguém sabe. O certo é que a prefeita Cláudia Regina enfrenta dificuldades com a base e desempenha o papel que, em tese, deveria ser executado pelo líder do governo.

Eleições de 2014 exigirão ‘jogo de cintura’ de Cláudia

 Silveira diz que não decidiu candidatura
A prefeita Cláudia Regina (DEM) terá que apresentar jogo de cintura acentuado às definições políticas de 2014. Especificamente no que diz respeito ao apoio que ela destinará aos candidatos que disputarão vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Da base governista na Câmara Municipal, ao menos dois vereadores nutrem interesse na disputa proporcional para deputado estadual: Flávio Tácito (DEM) e Francisco José da Silveira Júnior (PSD), presidente da Câmara Municipal. E ainda tem o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), que já afirmou que tentará renovar seu mandato. Flávio tem afirmado que está trabalhando sua postulação e teria obtido o aval da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Já o presidente da Câmara Municipal é mais evasivo. Embora Silveira tenha se movimentado, cumprindo agenda em regiões diferentes do Rio Grande do Norte enquanto presidente da Federação das Câmaras Municipais do RN, ele enfatizou que não decidiu. “Ainda não decidi se serei candidato a deputado estadual. Essa decisão só deverá ser tomada em dezembro, mas é claro que todos nós que exercemos cargos públicos almejamos subir outros degraus”, frisou.

Sobre a possibilidade de apoio da prefeita Cláudia Regina à sua provável candidatura a deputado estadual, Silveira Júnior também foi evasivo e afirmou que tem “o maior respeito e admiração pela prefeita Cláudia Regina.” E completa: “Sou seu aliado político e administrativo. Sobre esta possibilidade, ainda não tive nenhuma conversa com ela, ate porque não decidi se serei candidato. Mas quando eu decidir, ela será uma das primeiras a saber.”

A questão é que Silveira sabe que estaria entre os nomes prioritários da prefeita. Somente o deputado Leonardo Nogueira poderia atrapalhar seus planos. Contudo, não existem indícios de que Cláudia Regina tenha definido ou comentado sobre quem iria apoiar para a Assembleia Legislativa.

Sendo candidato a deputado estadual e com apoio da prefeita democrata Cláudia Regina, Silveira Júnior poderia causar embaraço ao presidente estadual do seu partido, o vice-governador Robinson Faria (PSD). 

Sobre esta possibilidade, Silveira afirmou: “como disse antes, ainda não decidi se serei candidato, mas também sou aliado de Robinson Faria.” Em outras palavras, Silveira deixou claro que não teria problemas. Até porque a solução viria com uma dobradinha entre ele e o deputado federal Fábio Faria (PSD), filho de Robinson. “Ele (Fábio) pertence ao meu partido e é natural que eu o apóie”, disse.


Candidatura de Fafá é ‘ameaça’ para apoio a Felipe Maia

Fafá Rosado, entre Cláudia e a governadora, em tese, teria respaldo da prefeita
Com relação à Câmara Federal, a prefeita Cláudia Regina terá mais dificuldades. É que ela vem de uma sequência de apoio ao deputado federal Felipe Maia (DEM). Para 2014, essa continuidade pode ser quebrada. É que existe a possibilidade da ex-prefeita Fafá Rosado (DEM) disputar vaga na Câmara dos Deputados.

E é justamente aí que está o problema: a prefeita Cláudia Regina ficaria entre o filho do seu líder e a pessoa que apoiou seu projeto de administrar a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. Em tese, Cláudia não teria como negar apoio à ex-prefeita Fafá Rosado. Por outro lado, ela ficaria em situação delicada se não seguisse com Felipe Maia, que é filho do presidente nacional do DEM, senador potiguar José Agripino Maia.


Para sair do impasse, a prefeita teria a solução: liberar a base e trabalhar para que seus candidatos tivessem apoio dos vereadores. Para tanto, Cláudia Regina precisaria convencer o grupo a seguir a ideia. Contudo, tal proposta requer negociação ampla, já que alguns vereadores estão sendo procurados por pretensos candidatos.

Fonte: Jornal de Fato

segunda-feira, 8 de julho de 2013

‘A oposição conservadora está atordoada’

A “oposição conversadora” não tem o costume de ir às ruas e, por isso, estaria tendo problemas para compreender os recentes protestos populares que tomaram conta do Brasil. Esse é o pensamento da vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal potiguar Fátima Bezerra. Ela analisa que a ideia do plebiscito, proposta pela presidenta Dilma Rousseff (PT), se volta para atender reivindicação popular. “O povo brasileiro quer e precisa ser ouvido sobre que tipo de reforma deve ser feita. Pela Constituição Federal, o plebiscito, por si só, não pode fazer a reforma, mas cumpre o papel de dizer ao Congresso Nacional como ela deve ser. É muita arrogância achar que o povo é desinformado e que não pode orientar, não sabe dar a receita para a doença da política.” A medida anunciada pela presidenta veio depois dos protestos, que geraram queda na sua aceitação popular. A vice-presidente nacional do PT reconhece que o efeito é negativo, mas que atinge governadores e prefeitos. “A diferença é que Dilma está dando respostas às ruas. Ela sabe da sua responsabilidade e os desafios a serem enfrentados. Não adianta a oposição querer transformar as mobilizações legítimas do povo numa crise de governo.”



JORNAL DE FATO – A oposição, embora se diga disposta a apoiar a ideia do plebiscito, bate na tese de que não se terá tempo hábil para implementar as alterações a serem propostas à Reforma Política às eleições de 2014. A senhora acha que o plebiscito é necessário?
FÁTIMA BEZERRA – Absolutamente necessário e adequado. É preciso entender que o brasileiro, tanto o que foi para a rua como o que ficou em casa, sente a necessidade de mudar o modelo político em vigor no País. O povo brasileiro quer e precisa ser ouvido sobre que tipo de reforma deve ser feita. Pela Constituição Federal, o plebiscito por si só não pode fazer a reforma, mas cumpre o papel de dizer ao Congresso Nacional como ela deve ser. É muita arrogância achar que o povo é desinformado e que não pode orientar, não sabe dar a receita para a doença da política. É muito desrespeito vender a ideia que as pessoas sabem eleger seus representantes, mas é incapaz de escolher propostas. Os que são contra o plebiscito querem apresentar um engodo como alternativa, o chamado referendo. Ou seja, querem fazer a reforma e ao povo numa espécie de chantagem, caberia apenas duas opções, "sim" para aceitar a fórmula pronta, ou "não" rejeita tudo e acabou reforma. Referendo é querer passar para o povo a responsabilidade por algo que ele não fez nem deu “pitaco”.

NÃO seria mais interessante expor pontos da Reforma Política antes do plebiscito?
CLARO que sim. A realização do plebiscito requer evidentemente um período de propaganda do TSE, no rádio e TV com esclarecimentos aos eleitores sobre como serão as perguntas, o que significa cada opção e como se dará o voto. Mas é importante ressaltar que a população não é alheia ao debate político e já tem um razoável acúmulo de informações.

VIU-SE que a ideia do plebiscito veio depois da onda de movimentos populares nas ruas e a presidenta Dilma Rousseff disse, em outras palavras, que seria para que a corrupção fosse considerada crime hediondo. A senhora concorda?
VEJA só: enquadrar corrupção como crime hediondo fez parte das propostas que a presidenta Dilma apresentou à nação, como resposta imediata às mobilizações das ruas. O Senado Federal, com o apoio do governo, já aprovou no último dia 26 de junho projeto com esse conteúdo. Agora está na Câmara Federal, onde espero que seja aprovado o mais rápido possível. Vamos lutar por isso, até porque durante toda minha militância de cinco mandatos legislativos essa foi sempre uma prioridade da ação política que pratico. Defendo ainda uma legislação mais dura e eficaz no combate à impunidade e além de avançar nos instrumentos de controle social.

ONDE o governo da presidenta Dilma Rousseff errou, já que a oposição alardeia que os movimentos populares recentes são fruto da falta de ações do governo em áreas vitais da sociedade?
A OPOSIÇÃO conservadora, composta por partidos que nunca estiveram nas ruas para apoiar as lutas do povo e, portanto não sabem interpretá-las, está atordoada. Fica tentando fazer leituras que buscam manipular o que de fato está acontecendo. O povo está nas ruas para exigir avanços, e isso é um exercício de cidadania. As mobilizações pressionam prefeitos, governadores, o Poder Judiciário, o Legislativo. A direita força a barra para tentar uma falsa caracterização de que esse é um movimento contra o governo da presidenta Dilma. Uma coisa é o que o povo está dizendo nas ruas, outra coisa é a versão que é apresentada ao restante da população. Poderia ser cômodo para o PT fazer o discurso que a origem de todos esses protestos estava no valor das passagens do transporte público, que isso é uma pauta municipal e estadual, no caso dos metrôs e do transporte intermunicipal, como é o caso aqui da região metropolitana de Natal, que é fixada pelo Governo do Estado. Mas a presidenta Dilma fez uma leitura correta. Esse é o momento que o povo quer mais, no momento que as polícias dos governos do PSDB de São Paulo e Minas Gerais reprimiram com violência os primeiros protestos, o povo foi para a rua com muito mais força, com uma pauta muito mais extensa. Contra a violência, contra a corrupção, questionando os gastos com a Copa, por melhorias na saúde e na educação. Então essa é uma pauta municipal, estadual e federal e por isso a presidenta chamou governadores e prefeitos para um pacto que desse resposta a essa pauta.

DIAS passados, o senador Cristóvão Buarque fez pronunciamento, no qual afirmou que a presidenta, em recente pronunciamento em rede nacional, deveria ter apontado os erros do Governo e pedido perdão à população...
EU RESPEITO muito o senador Cristóvão, temos uma relação de amizade de longo tempo e a nossa luta comum em favor da educação tem nos aproximado cada vez mais, mas acho que ao propor o pacto com alterações em diversas áreas, o governo já deu sinais de que está disposto a corrigir o que carece de correção. Não podemos aceitar um discurso de terra arrasada, como se nada tivesse sido feito por esse governo. Ao contrário: nos últimos 10 anos, o Brasil mudou e teve enormes avanços na geração de empregos, na distribuição de renda, na educação, nas políticas de moradia, entre outros. O que essas mobilizações de rua dizem é que quer mais avanços e em áreas onde de fato é preciso avançar. Portanto, discordo totalmente dessa posição do senador. A presidenta não fugiu da raia. Tem tratado as manifestações com muita convicção e respeito democrático. Tem escutado e dialogado com as ruas.

A POLÍTICA econômica do Governo Federal tem entrado com frequência na pauta dos discursos de parlamentares da oposição. A senhora vê que a economia estaria, realmente, no eixo central dos problemas levantados pelos oposicionistas?
MAIS uma vez, a oposição cai no discurso fácil. Evidentemente que a crise econômica mundial também afeta o Brasil, mas temos reagido bem a tudo isso. A oposição e parte da mídia têm insistido em plantar o terror de volta da inflação, de aprofundamento da crise, mas os fundamentos da economia brasileira estão bem plantados. O governo não descuidará do controle da inflação e dos demais problemas da economia, que não são só brasileiros. Alguns países europeus, por exemplo, estão em situação de insolvência e até recorrendo ao Brasil como tábua de salvação. Exatamente pela ação firme do governo Dilma, ainda temos uma situação de manutenção dos níveis de emprego, investimentos públicos, políticas sociais etc..

DEPOIS dos protestos, viu-se que houve baixa na aceitação da presidenta Dilma Rousseff. Existem motivos para a queda na popularidade?
EVIDENTEMENTE que o povo na rua significa sempre desgaste para os governantes de plantão. Porém, isso não atinge apenas a presidenta Dilma. Todos os governadores e prefeitos foram atingidos, segundo as pesquisas de opinião. A diferença é que Dilma está dando respostas às ruas. Ela sabe da sua responsabilidade e os desafios a serem enfrentados. Não adianta a oposição querer transformar as mobilizações legítimas do povo numa crise de governo. Repito: não adianta a oposição de forma oportunista insistir na tese de que as mobilizações só afetaram a presidenta Dilma.

NO PLANO estadual, como a senhora analisa o quadro que se desenha para as eleições do próximo ano? É possível entendimento da oposição para uma chapa de consenso?
EU ACREDITO que sim. No primeiro semestre, o PT fez uma rodada de conversas com todos os partidos de oposição. Iniciou um processo de seminários internos, em que estamos discutindo, além da conjuntura, os planos do partido para 2014. O PT potiguar quer ousar, quer crescer. Nossa meta é ampliar a presença na Assembleia, manter o espaço na Câmara dos Deputados e participarmos da chapa majoritária. Neste segundo semestre, devemos concluir os nossos seminários e retomar as conversações com os partidos que fazem oposição ao governo do DEM para discutirmos não apenas uma aliança político-eleitoral, mas um projeto alternativo para o Rio Grande do Norte. Afinal, o que nos unirá não será apenas a questão eleitoral, mas o que vamos apresentar ao povo potiguar como alternativa ao desastre que está sendo esse governo, ou desgoverno, como preferem alguns.

A SENHORA teria interesse na chapa majoritária?
O PT tem interesse e planos para uma chapa majoritária sim, evidente. No meu caso em particular, volto a afirmar que continuo trabalhando o projeto de reeleição. Porém, tenho muita simpatia pela disputa ao Senado Federal. É um espaço político importante, uma importante ferramenta para ampliar a minha luta em defesa da educação e melhorar a vida do nosso povo. Se for essa a decisão do meu partido e aliados, analisaremos com muito entusiasmo e responsabilidade essa possibilidade.

DÁ PARA sentir ou perceber mudanças no Rio Grande do Norte nos dois anos e seis meses do governo democrata?
PARA pior. O governo do DEM está na reta final e todos os problemas dos primeiros dias se agravaram substancialmente. Apesar da postura republicana da presidenta Dilma, que não tem se negado a apoiar o governo do RN, algumas áreas como saúde, segurança pública, combate aos efeitos da seca estão uma calamidade. A educação está abandonada e os servidores são destratados. Decisões judiciais são simplesmente ignoradas e descumpridas. Fora a construção do estádio para a Copa e obras do Governo Federal, não existe um investimento do Governo do Estado e o que aparece na propaganda são obras do governo Dilma, como duplicação de BRs e construção do aeroporto de São Gonçalo. O governo do DEM é medíocre e ineficiente, do ponto de vista administrativo e politicamente conservador. Infelizmente, o povo potiguar está vendo o quanto é duro fazer escolhas erradas, como a que foi feita em 2010. Mas a democracia é um eterno aprendizado, e 2014 está chegando, com grandes expectativas de correção de rumo para o nosso Estado.


Fonte: Jornal de Fato

terça-feira, 2 de julho de 2013

Silveira: 'acredito que foi o próprio Lairinho'

O presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Francisco José da Silveira Júnior (PSD), entrou em contato com o blog para prestar informações acerca do "vazamento" de dados que seriam para análise interna da Casa. Segundo Silveira, a empresa que faz a clipagem do Legislativo é a Zumba.

Silveira disse ainda que o diretor da agência, jornalista Ricartte Betson, afirmou que a clipagem das notícias veiculadas na imprensa local era repassada para todos os vereadores. O presidente da Câmara Municipal, com isso, disse que não partiu dele o envio de material para a assessoria jurídica da deputada estadual Larissa Rosado, que entrou com ação para cassar o mandato da prefeita Cláudia Regina (DEM). (Veja postagem abaixo).

Para o presidente da Câmara Municipal, já que todos os vereadores receberam a clipagem, é provável que a ideia de anexar o material feito pela agência Zumba à ação eleitoral tenha sido do vereador Lairinho Rosado (PSB), que é irmão de Larissa. "Acredito que foi o próprio Lairinho", afirmou Silveira.

Para reafirmar que está "limpo" no episódio, Silveira disse: "não foi algo que partiu de mim. Sou aliado política e administrativamente da prefeita Cláudia Regina e jamais iria fazer algo que pudesse prejudicá-la."

De clipagens e de sentença

Relendo a sentença do juiz José Herval de Sampaio Júnior, que cassou o mandato da prefeita Cláudia Regina (DEM) - e que depois foi suspensa pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) - o blog se deparou com algo interessante: a participação indireta da Câmara Municipal no processo.

Explicando melhor: ao longo da sentença, um pequeno trecho faz menção ao que se entende como uma clipagem de uma agência que teria (à época) contrato com o Legislativo e cujo teor (das clipagens) mostraram o que a assessoria jurídica da candidata derrotada Larissa Rosado (PSB) identificou como "abuso de poder midiático".

Pois bem: se a tal agência (cujo nome não aparece na sentença) estaria a serviço da Câmara Municipal, vem a dúvida: como é que a clipagem foi parar no comitê da coligação "Frente Popular Mossoró mais Feliz"?

As notícias clipadas certamente não foram sozinhas. Alguém as entregou. Ou mandou entregá-las. Mas quem?

Sabe-se que à época da campanha o presidente do Legislativo, vereador Francisco José da Silveira Júnior (PSD) - que renovou o mandato e se manteve no comando da Casa - apoiou a candidatura de Larissa Rosado ao Palácio da Resistência. Apesar desse apoio, ele não teve o devido retorno quando se reelegeu e partiu para permanecer na presidência do Legislativo.

O que o blog está querendo dizer é que é curioso o fato das clipagens que seriam para a Câmara Municipal ter chegado à assessoria jurídica de Larissa Rosado. Entende-se que se o Legislativo contratou empresa para fazer determinada tarefa, o resultado deste deveria ser para "consumo interno".


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Juiz do TRE suspende sentença que cassou Cláudia Regina

Durou pouco a alegria do sistema político que faz oposição à prefeita Cláudia Regina (DEM) e que torcia para que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mantivesse a cassação do mandato da prefeita. Pouco tempo depois do juiz José Herval de Sampaio Júnior acatar denúncia formulada pela deputada estadual Larissa Rosado (PSB), veio a reviravolta: o juiz eleitoral Carlo Virílio, do TRE, suspendeu a sentença. E mais: declarou que Herval está impedido de julgar qualquer ação contra Cláudia Regina.

A reviravolta ocorre depois que a assessoria jurídica da prefeita entrou com recurso junto ao TRE, no qual alegou impedimentos do juiz da 33ª zona eleitoral para julgar processos eleitorais contra Cláudia Regina. José Herval teria comentado que cassações futuras poderiam acontecer. Para os advogados da prefeita, o magistrado teria quebrado um dos princípios inerentes ao cargo de juiz: não se pronunciar sobre ações ou sentenças.

O certo é que a sentença anunciada pela manhã perdeu totalmente a validade. E o juiz Herval, embora tenha outras ações em andamento contra Cláudia Regina, só poderá julgá-las quando o Tribunal Regional Eleitoral se manifestar a respeito da sua suspeição.

Herval cassa mandato da prefeita Cláudia Regina

O juiz José Herval de Sampaio Júnior, da 33ª zona eleitoral, aplicou nova canetada contra a prefeita Cláudia Regina (DEM) e decretou a cassação do mandato dela e do vice-prefeito Wellington Filho (PMDB). A sentença saiu agora a pouco. Veja aqui.

Herval acatou denúncia formulada pela coligação "Frente Popular Mossoró mais Feliz", que foi às ruas com a candidatura da deputada estadual Larissa Rosado (PSB), que perdeu as eleições e recentemente foi condenada à perda dos direitos políticos por oito anos, bem como o seu candidato a vice-prefeito, Josivan Barbosa de Menezes (PT).

Na sentença de hoje, José Herval determina que novas eleições sejam realizadas, uma vez que a prefeita Cláudia Regina obteve mais de 50% dos votos válidos.

A sentença, contudo, não é definitiva e a assessoria jurídica da prefeita Cláudia Regina recorrerá ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Morre Aliatá Chaves, ex-prefeito de Pau dos Ferros

Morreu nesta sexta-feira, 21/06, o ex-prefeito de Pau dos Ferros, médico Aliatá Chaves. Ele estava internado no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró, em decorrência de infarto. Aliatá não resistiu à gravidade do problema.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Pau dos Ferros enviou informação ao blog, na qual dá conta de que o prefeito Fabrício Torquato (DEM) decretou luto oficial por três dias.

Aliatá Chaves, conhecido na cidade oestana como "Baiba", foi vice-prefeito e, posteriormente, prefeito de Pau dos Ferros.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Prefeito de Grossos alega dificuldades, mas quer mais cargos comissionados

Em janeiro último, exatamente aos dez primeiros dias de 2013, o prefeito de Grossos, José Maurício Filho (PMDB), assinou decreto que exonerava 36 pessoas que haviam sido aprovadas em concurso público e estavam em pleno exercício de seus cargos. Passaram-se cinco meses desde a canetada fatídica e o caso ainda não foi resolvido pela Justiça. O processo segue na Comarca de Areia Branca.

Ocorre que nesta quinta-feira, 20, a Câmara Municipal de Grossos apreciará projeto que altera a lei que autorizou o concurso público realizado em 2010. A ideia do prefeito será "oficializar" 12 cargos dos 36 que ele deixou vago com a exoneração dos servidores. De quebra, solicitará ao Legislativo para que o Executivo possa contratar mais gente.

E é aí que está a questão. O prefeito estaria alegando que não teria condições de rever o decreto que exonerou 36 concursados por questões financeiras. Mas envia projeto poder criar cargos de comissão. 

Se a questão é financeira, o prefeito realmente precisa deixar bem claro onde está o rombo, quantos servidores comissionados existem e o que este número representa na folha de pessoal. Não basta apenas dizer que não tem condições de "readmitir" os 36 exonerados por motivos financeiros. É preciso detalhar e o cidadão tem o direito de saber onde e como a verba pública está sendo investida.

Criou-se a falsa ilusão de que o serviço público é gratuito. E no interior é só o que se fala. Mas não é. Todo e qualquer serviço público é custeado pelo cidadão. É público porque é para todos, mas não é de graça. Portanto, o prefeito grossense tem a obrigação de mostrar detalhes da folha de pagamento. Não só a folha, mas onde e como os recursos estão sendo aplicados, já que pouca ação se vê no município praiano.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Atendimento deixa a desejar na Cidadela

O "Mossoró Cidade Junina" agrada aos olhos. Ao visitante, a cidade está bem programada para agradar a todos os gostos, mas uma parte precisa ser revista e diz respeito ao que se propõe: "vender" o evento e fazer com que os visitantes venham à cidade em edições posteriores. E é aí que está o algo que necessita de atenção.

Quem busca a "Cidadela" como opção de entretenimento se depara com uma vasta possibilidade e os serviços ofertados são, certamente, o forte. Contudo, o atendimento deixa a desejar. E é aí que está a questão. Como é que uma das opções destacadas do "Mossoró Cidade Junina" aparece como o seu ponto negativo?

A resposta é bem simples: atenção de alguns barraqueiros para com os clientes. O titular do blog, por exemplo, passou por duas situações desagradáveis: em determinada barraca, tentou degustar tapiocas recheadas. Fez o pedido e quase meia hora depois o produto não estava pronto. E foi questionar o pedido, tendo obtido como resposta que este não havia sido feito (por eles) ao pessoal da cozinha. Diante disso, passou a vontade de comer a apetitosa tapioca. Mais na frente, um boxe expunha empadas de diversos sabores. Algo realmente bom de se ver e, certamente, de provar. Algo que o titular deste espaço não pôde comprovar, pois o atendimento era de péssima qualidade. Parecia que o cliente estava pedindo algum favor.

Foi só para exemplificar que é preciso investir, também, na capacitação de pessoal. A Prefeitura Municipal não tem culpa nesta questão, mas certamente não vai aparecer bem aos olhos dos visitantes, já que a festa é organizada pelo Executivo.

Certamente não foi apenas o titular do blog que passou por tal situação. Fica a dica para que barraqueiros se lembrem que estão ali ofertando produtos e que precisam de consumidores. Quem espanta cliente, com certeza não precisa lucrar coisa alguma.