Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O preço

O choro da primeira-dama mossoroense Amélia Ciarlini, ao anunciar sua desfiliação ao PSD e afirmar que queria uma audiência com o governador Robinson Faria (presidente estadual do PSD), além de lembrar que a vitória de Robinson ao Governo do Estado teve apoio incondicional do prefeito Silveira Júnior (PSD), acabou expondo a fragilidade da candidatura do marido à reeleição.

É que Amélia se queixou do abandono político dispensado pelo governador ao prefeito. Para quem acompanha o desenrolar da campanha em Mossoró, o vídeo está sendo visto como "reconhecimento" da derrota. O blog não vê dessa forma. E trata o tema apenas como normal e dentro da realidade política da cidade. Era de se esperar que, mais dia ou menos dia, fato como esse acontecesse.

Silveira praticamente procurou o isolamento. Não se governa sozinho. E nem sozinho se caminha. O erro maior talvez nem seja do prefeito. A primeira-dama se queixou da falta de conhecimento das pessoas sobre as "obras" do marido. Ora, como as pessoas vão tomar conhecimento de algo que não é publicizado?

O Governo Federal, quando quer propagar alguma obra, compra espaço na mídia para informar o que está sendo feito E Silveira queria o que? Que rádios e jornais dissessem que ele estava fazendo alguma coisa, assim do nada? Empresas de comunicação são empresas privadas e precisam, obviamente, de lucro. Se a Prefeitura tinha o que mostrar, que comprasse espaço e divulgasse. Pelo visto, percebeu-se que a tática adotada não surtiu efeito. Reparos disso e daquilo não é obra. Isso se chama manutenção do que existe. E, convenhamos, não se deve louvar isso. Nada mais é do que obrigação.

O mesmo vem sendo dito, em outras palavras, na propaganda gratuita na televisão. Diz-se que "Francisco" investiu no corredor cultural e alude-se que colocação de lâmpadas led ou melhoria na iluminação do Memorial da Resistência teria sido uma das cinco "obras". Poupe-me" Isso não é obra, Nem aqui e nem na China. E cadê que se fala na melhoria do Corredor Cultural propriamente dita? Até agora nadica de nada. As cerâmicas continuam se desprendendo no Teatro Municipal Lauro Monte Filho...

Mas voltemos ao tal vídeo: a primeira-dama deixou claro que seu "rompimento" ou desfiliação do PSD seria por conta do "abandono" de Robinson a Mossoró. É que Robinson Faria ainda não deu "com as caras" por estas bandas. Teme ser atingido pelo percentual negativo que ronda a administração municipal. O governador deve ter seus motivos. O blog não vai entrar nesse mérito. Cabe ao governador dizer da sua ausência e se justificar.

Como o blog disse mais acima: Silveira colhe o que plantou. Sua comunicação foi totalmente centrada com o único objetivo de evitar que ele se comunicasse. Coisa que não existe em canto algum. Assessoria de imprensa é pra facilitar o entrosamento do assessorado com a imprensa. Algo que não se viu. O ensinamento que fica é que o próximo prefeito ou prefeita não recorra à mesma tática, pois esta não vinga. É altamente danosa. O resultado está aí: Silveira hoje não está na disputa pela Prefeitura. No máximo, luta para ficar na terceira colocação.

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