Prefeitura Municipal de Assú

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Vereadores querem espaço na fundação da Câmara

O presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Jório Nogueira (PSD), estaria enfrentando problemas com seus aliados na Casa. Tudo por conta da Fundação criada recentemente pelo Legislativo e que será responsável pela TV Câmara. A questão estaria relacionada aos cargos criados ao funcionamento da instituição. Alguns vereadores não estariam satisfeitos com a condução à escolha dos comissionados. 

Quando a coisa diz respeito a cargos em comissão, geralmente a situação esquenta. Basta lembrar que houve insatisfação de políticos mossoroenses quando o governador Robinson Faria (PSD) deixou tudo nas mãos do prefeito Silveira Júnior (PSD), que indicou a mãe e a sogra para o comando do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) e da 12ª Dired, respectivamente.

E não seria diferente agora com a Câmara Municipal. Vereadores destas bandas pensam em fortalecimento de bases. E quando se fala nisso, empregar algum aliado é imprescindível. Como se o voto estivesse ligado, diretamente, à alguma função pública. Seja ela qual for.

E isso se constata a partir do momento em que cada vereador governista de Mossoró teria direito a indicar até 10 pessoas para cargos em comissão na Prefeitura. E agora não seria diferente na Fundação da Câmara Municipal.

Pelo visto, Jório Nogueira terá algumas dorzinhas de cabeça.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

'Fafá é pré-candidata à sucessão municipal'

Sete meses após concluir oito anos de mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o ex-deputado Leonardo Nogueira (DEM) está definitivamente reinserido na profissão de médico. Ele não deseja mais voltar a ocupar cargo eletivo. Diz que já cumpriu a missão e sugere que existem bons nomes para representar bem o povo de Mossoró, sua terra natal. No entanto, a política não saiu dele. E é com essa motivação que Leonardo Nogueira trabalha com o seu grupo para viabilizar a candidatura da ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB), sua esposa, à sucessão municipal de 2016. “Ela é pré-candidata”, afirmou, durante longa conversa no “Cafezinho com César Santos”, na tarde da última quinta-feira (16). O ex-deputado disse que o povo está convocando Fafá de volta porque está decepcionado com a gestão do prefeito Silveira Júnior (PSD). “Ele não honrou com a palavra, perdeu a confiança e, para piorar, não faz uma boa gestão por completa falta de competência”, afirmou. Leonardo Nogueira acredita que será possível Fafá caminhar junta com a ex-governadora Rosalba Ciarlini (sem partido), mas ressalta que ainda existe muita coisa a ser resolvida, principalmente com a relação à situação jurídica que envolve Rosalba. “O que sei é que as pessoas querem Fafá e Rosalba juntas outra vez.”

DE FATO – O seu grupo político trabalha para ter uma participação direção na disputa à Prefeitura de Mossoró em 2016. De que forma o senhor entende que será essa participação?
LEONARDO NOGUEIRA – O trabalho que nós desenvolvemos como cidadãos, como pessoas que têm responsabilidade com Mossoró e, principalmente, com a experiência de dois mandatos da ex-prefeita Fafá e dos meus dois mandatos como deputado estadual nos permite ter uma participação direta na sucessão municipal. Vamos participar ativamente do processo, pode ter certeza. Temos muito a oferecer ao povo de nossa cidade e temos responsabilidade com o futuro de Mossoró. Portanto, é natural que tenhamos participação no momento importante que é a escolha do futuro gestor municipal.

FAFÁ Rosado é pré-candidata à Prefeitura de Mossoró?
UMA pré-candidatura existe quando há um chamamento popular, um incentivo do povo em relação a ocupar um cargo público. Essa convocação existe. Onde nós visitamos, onde nós trabalhamos, existe uma convocação muito forte das pessoas, principalmente daquelas que estão decepcionadas com a atual gestão municipal. Essas pessoas sentem saudade da época em que Fafá era a prefeita, porque a sua gestão foi muito boa para a cidade. Isso faz que a gente possa dizer que sim, que Fafá é pré-candidata à sucessão municipal.

A QUE se deve essa convocação que o senhor diz que o povo pede o retorno da ex-prefeita Fafá Rosado?
EU ACREDITO que, primeiramente, pela boa gestão que Fafá fez. Ela saiu da Prefeitura em 2012 com quase 80 por cento de aprovação popular. Realizou grandes obras na cidade, obras importantes, estruturantes e que melhoraram a vida das pessoas, principalmente em áreas vitais, como saúde e educação. Segundo, eu acredito que esse chamamento se justifica, também, pelo descrédito que enfrenta o atual governo municipal. Como a cidade não está bem, porque o prefeito que aí está não tem competência para governar, é natural que o cidadão queira de volta quem realmente fez uma grande gestão, no caso a ex-prefeita Fafá.

ESSE descrédito do prefeito Silveira Júnior, ao qual o senhor se refere, é uma crítica pessoal ou realmente é sentimento popular?
NÃO tem nenhuma questão pessoal. Eu vejo o descrédito a partir da decepção do povo de Mossoró. A crítica é geral em todos os cantos e recantos da cidade. A população está reclamando do lixo acumulado nas ruas, das avenidas esburacadas, do caos na saúde, do atraso de pagamento aos prestadores de serviços que, por consequência, não pagam os salários dos servidores, e de muitos outros problemas. Veja a greve dos servidores públicos que se arrasta e o prefeito não tem uma solução. O Mossoró Cidade Junina, orgulho do nosso povo, foi um desastre em termos de organização. Além disso, não existe uma obra importante sendo executada na cidade. O que eu estou dizendo aqui e agora é o que o povo diz nas ruas. Inclusive, na última pesquisa de opinião pública a gestão Silveira apareceu com quase 80% de reprovação. Logicamente que nós não concordamos e não aceitamos com o descalabro administrativo que aí está.

MAS o prefeito alega que as dificuldades existem porque há uma crise no âmbito nacional.
CONCORDAMOS que existe uma crise econômica no País sem precedente. Os brasileiros, sem exceção, estão sentindo os efeitos dessa crise. Há dificuldades em todos os segmentos, com a inflação voltando, o desemprego em alta etc.. Agora, os gestores públicos que se prepararam e que têm competência estão conseguindo conduzir bem as suas administrações. Temos exemplos de Prefeituras vizinhas a Mossoró que caminham bem, mesmo com dificuldades. E os prefeitos dessas cidades não estão sendo vaiados, como acontece com o prefeito de Mossoró. Então, existe uma crise de competência na gestão do prefeito Silveira, e isso o próprio cidadão mossoroense é quem atesta. A nossa cidade está abandonada pelo gestor municipal. Isso é fato.

SILVEIRA Júnior não estava preparado para governar uma cidade do porte e da importância de Mossoró? É isso?
VEJA só: Silveira era presidente da Câmara Municipal, tinha uma experiência de três mandatos no Legislativo e não sabia como era administrar uma cidade. A Prefeitura caiu no seu colo quando a então prefeita Cláudia Regina foi cassada. Depois, ele teve o aval do eleitor nas eleições suplementares. Até aí, nenhuma experiência no Executivo. Ele não estava preparado e está demonstrando isso. Além de não ter um projeto para Mossoró, de não realizar o básico do básico, ele comete uma trapalhada atrás da outra.

MAS, o seu grupo apoiou a candidatura de Silveira nas eleições suplementares. Foi um erro?
NÃO. Não foi um erro. Nós, assim como o eleitor, demos uma oportunidade a ele. Acreditávamos que era possível Silveira fazer uma boa gestão com a ajuda de um grupo experiente que havia governado Mossoró por oito anos. Mas, ele jogou tudo fora, descumprindo compromissos que havia assumido com o nosso grupo. Então, acho que quando um cidadão, seja político ou não, não honra os compromissos, não cumpre a palavra, ele não é digno do crédito da sociedade. É o que está acontecendo com o prefeito Silveira. A quebra do compromisso, da palavra, não é apenas em relação a projeto político meu ou da ex-prefeita Fafá, mas de compromisso assumido com o povo de Mossoró. Ele fez promessas ao povo, no entanto está sendo omisso, negligente, incompetente.

MAS o prefeito tem dito que não há reprovação popular e que vai colocar o seu nome para julgamento nas eleições do próximo ano. É possível?
NÃO acredito. A situação política de Silveira é muito delicada, porque ele caiu no descrédito da população. Qualquer gestor público pode se recuperar quando ele não perde a credibilidade, porque o próprio tempo e a força do poder ajudam muito. No entanto, no caso específico do prefeito de Mossoró, não existe crédito, confiança, as pessoas estão decepcionadas, e isso temos ouvido em todos os cantos. Então, não vejo como o prefeito se recuperar até para ser candidato.

VOLTANDO para a pré-candidatura de Fafá Rosado. Existe o aceno das pessoas de forma positiva, mas é preciso ter um palanque para consolidar uma candidatura. De que forma o seu grupo está trabalhando nesse sentido?
A EX-PREFEITA Fafá é presidente do PMDB de Mossoró e tem se movimentado no sentido de fortalecer o projeto dentro do partido. A gente sente a vontade do PMDB estadual de ter candidatura própria em todos os municípios do Rio Grande do Norte ou ter participação em chapas majoritárias. Mossoró não é exceção para o PMDB. Esse fato, logicamente, faz que todo o nosso grupo comece a realizar trabalhos e se apresentar ao povo como opção. Então, a ex-prefeita Fafá está buscando consolidar essa possibilidade, através do contato com as lideranças, com as comunidades, com amigos e correligionários.

O PROJETO político do seu grupo para 2016 passa pela ex-governadora Rosalba Ciarlini ou uma possível postulação de Fafá não depende do rosalbismo?
PASSA, sim. Temos conversado com o deputado Carlos Augusto e com Rosalba, e a gente sempre coloca a necessidade de nós construirmos juntos a possibilidade de candidatura à sucessão mossoroense. Temos conversado de forma ampla, inclusive, sobre as questões jurídicas que envolvem todo o processo, não apenas com relação a Rosalba, mas também a Cláudia Regina e ao próprio prefeito Silveira. A questão jurídica vai mexer com as possibilidades de palanque para 2016, não tenha dúvida. Portanto, temos conversado sobre isso e não há dúvida que há o interesse de união de lado a lado.

DE FORMA direta, dr. Leonardo: uma candidatura de Fafá depende de Rosalba?
O QUE a gente percebe hoje é que há um desejo muito grande que Fafá e Rosalba caminhem juntas; isso é unânime. Agora, como isso vai ser possível? Lógico que tudo vai depender da situação jurídica de Rosalba no momento das definições. Agora, quero afirmar que uma possível candidatura de Fafá não acontecerá por imposição. Ela não será candidata apenas por querer ser candidata. Nós estamos ouvindo o povo, os amigos, os correligionários e vamos dialogar com Rosalba e com Carlos antes de tomar qualquer decisão.

O SENHOR se sentiu traído pelo prefeito Silveira porque ele não apoiou o seu projeto de reeleição de deputado. Houve, realmente, quebra de compromisso?
ESSE assunto é de conhecimento público, até. Quando apoiamos a candidatura dele a prefeito nas suplementares, ficou certo que ele nos apoiaria em 2014. E o registro do nosso pacto político-eleitoral foi feito na presença das duas famílias – a minha e a dele – e nem assim foi suficiente para o prefeito cumprir a sua parte. Mas, infelizmente, não honrou a palavra, não cumpriu o compromisso. Ele preferiu apoiar o deputado Galeno Torquato, o que acabou por atrapalhar a nossa candidatura. Mas, não faria aqui qualquer julgamento; eu deixo para o povo se encarregar da palavra final.

O ELEITOR de Mossoró, orientado pelo prefeito, fez opção por Galeno Torquato, que até aqui não correspondeu com trabalho. A cidade sofre com a falta de um legítimo representante na Assembleia Legislativa?
ISSO nos deixa tristes. Não por uma questão pessoal, mas pelo prejuízo que nossa cidade tem por não ter eleito um único representante na Assembleia Legislativa. Veja que São Miguel, bem menor do que Mossoró, tem dois deputados estaduais. A região do Alto Oeste é representada por quatro deputados. O Seridó também tem quatro deputados. A Grande Natal elegeu sete. Assú e Areia Branca, nossos vizinhos, elegeram deputados estaduais. A consequência disso é que perdemos representatividade, a cidade ficou sem voz na Assembleia Legislativa. A minha não reeleição e a de Larissa Rosado trouxeram enormes prejuízos, porque nosso mandato sempre esteve à disposição de Mossoró. Na Assembleia, nós colocávamos na pauta as principais demandas da cidade, lutávamos por benefícios. Hoje, nenhum deputado faz isso pelo povo mossoroense. Infelizmente.

O SENHOR ainda é filiado ao Democratas, do senador José Agripino, mas está afastado dele politicamente. Já decidiu o seu futuro em termos de filiação partidária?
NÓS vamos decidir isso depois de uma definição sobre a situação política de Mossoró. Refiro-me à questão jurídica de Rosalba e Cláudia, porque a partir daí teremos um quadro mais claro em relação à sucessão municipal. Então, vamos decidir com calma, ouvindo o grupo, para que possamos fazer a melhor opção.

O SENHOR ainda deseja disputar cargo eletivo?

EU TIVE uma experiência muito boa e gratificante em oito anos de mandato na Assembleia Legislativa, mas acho que já dei a minha contribuição como detentor de cargo eletivo. Sou uma pessoa muita realizada como médico, exerço a profissão com amor; inclusive, estou realizando um curso de atualização na minha área que terá duração de um ano. Então, estou me inserindo cada vez mais na área médica e não vejo mais tanta necessidade de voltar a assumir cargo eletivo. Temos bons nomes que podem dar sequência ao bom trabalho que a gente fez como deputado estadual.

Fonte: Jornal de Fato

segunda-feira, 13 de julho de 2015

O que Flávio Tácito sabe?

"... Eu sou vereador, quando estou num barco estou para ajudar, mas quando estou para desmantelar ele eu desmantelo e não tem quem impeça e Silveira sabe. Eu não tenho medo de governador, de prefeito, de primeira-dama. Eu estou pedindo, não me queira ver louco que eu chuto o pau da barraca.” Palavras ditas pelo vereador mossoroense Flávio Tácito (DEM) em vídeo que circula pelo Facebook e que deixam no ar a existência de algo danoso ao serviço público. Ao erário público. E que poderia contrariar a teoria dos bons costumes.

O que Flávio Tácito estava querendo dizer, de verdade? Por quais motivos ele mandaria tal recado ao governador Robinson Faria (PSD) e ao prefeito Francisco José Júnior (PSD)? A quem ele queria intimidar? A quem se direciona tal recado? Ao prefeito? Ao governador?

Como se percebe, as palavras do vereador mossoroense carecem de respostas. O blog crê que, no mínimo, precisaria de alguma explicação. No máximo, que se investigasse o que ele realmente quis dizer. Sim, porque ficou no ar que Flávio Tácito teria alguma informação que comprometeria a administração estadual e administração municipal.

Alguém não diria o que Flávio disse pelo simples fato de sair em defesa de uma servidora comissionada indicada por ele e que estaria sendo alvo de assédio moral.


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Cláudia Regina assume comando do DEM


A ex-prefeita Cláudia Regina passa a coordenar o diretório mossoroense do Democratas. A missão foi delegada nesta quinta-feira pelo presidente nacional do partido, senador potiguar José Agripino Maia. Ao blog, Cláudia disse que terá a tarefa de reestruturar a sigla e fortalecê-la. obviamente visando as eleições do próximo ano.

"Ele me pediu para ficar à frente. Para reestruturar o DEM e retomar o diretório", afirmou Cláudia Regina. Ela disse ainda que conversará com todos os filiados, sem distinção. E isso inclui diálogo com os vereadores democratas Flávio Tácito e Manoel Bezerra de Maria, que já afirmaram saída do partido. "Vou conversar com todos os filiados. Vamos fortalecer o partido", afirmou.

Cláudia Regina, além de reorganizar o Democratas em Mossoró, terá papel importante na reestruturação regional do partido.

A convenção do DEM está agendada para o mês de agosto, quando a formatação do novo diretório regional será apresentado.

FPM reduz em 20% e acentua crise dos municípios

É com extrema preocupação que a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN) recebeu a notícia de mais uma redução nas receitas dos municípios potiguares. O primeiro decêndio de julho do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) que vai entrar nas contas das prefeituras hoje (09) será 20% menor que o repasse realizado no mesmo período de 2014 em valores brutos e nominais. No RN, em decorrência dessa situação, prefeitos analisam como vão gerenciar as despesas em suas cidades.

O presidente da FEMURN, Francisco José Júnior, chama atenção para a realidade econômica dos municípios, onde as prefeituras possuem demandas cada vez mais crescentes. “O custo básico que temos que arcar em nossas prefeituras, estão muito aquém do que é repassado. As receitas estão decadentes, tornando a gestão insustentável economicamente. Como se não bastasse as reduções, ainda há a possibilidade de erro de cálculo. Estamos estudando como vamos solicitar a reposição destes valores. A situação preocupa”, analisou.

Além da queda do repasse em relação a julho de 2014, o valor referente à parcela de 0,5%, montante garantido às prefeituras com a emenda Constitucional 084, negociada com o Congresso e o Governo Federal, veio errado. Ele levaria em conta a transferência de um ano, e não apenas dos seis primeiros meses de 2015. O texto final definiu equivocadamente que a transferência aos municípios deve ser apenas dos seis primeiros meses deste ano. Dessa forma, em valores totais, o FPM sofreu uma queda de cerca de 50%.

Para o prefeito de Vera Cruz, João Paulo Cabral, a situação é delicada e exige atenção. “As cotas estão vindo muito menores do que as registradas nos meses anteriores, o quadro inflacionário também tem contribuído para o agravamento. Isso vem comprometendo a permanência de atividades nos municípios, temos que pagar fornecedores, funcionários, e arcar com outros custos, o FPM repassado está sendo insuficiente. Se a situação de decréscimo persistir nos meses seguintes, sem dúvidas, os serviços essenciais também serão comprometidos”, destacou.

Em fevereiro, após uma outra baixa, no FPM, o presidente da FEMURN, junto com os prefeitos potiguares expuseram, em audiência com o Governador Robinson Faria, a situação. Na ocasião foi apresentado ao chefe do executivo potiguar um relatório de perdas decorrentes das baixas nos repasses, também foi solicitado a inclusão das prefeituras no plano de aplicação do empréstimo de R$ 850 milhões assegurados pela Assembleia Legislativa.

VALORES LÍQUIDOS A SEREM REALIZADOS DO FPM

Coeficiente 0.6 – R$ 135.071,31
Coeficiente 0.8 – R$ 180.085,08
Coeficiente 1.0 – R$ 225.118,85
Coeficiente 1.2 – R$ 170.142,62
Coeficiente 1.4 – R$ 315.166,39
Coeficiente 1.6 – R$ 360.190,15
Coeficiente 1.8 – R$ 405.213,92
Coeficiente 2.0 – R$ 450.239,33

Fonte: Assessoria Femurn

Nordestino, negro, cristão e de origem humilde

Por Francisco Carlos*

Como é que pode uma pessoa ser discriminada em uma situação e, noutra, ser ela mesma intolerante ou desrespeitosa?

Os CRISTÃOS, extremamente perseguidos por pagãos romanos, tinham que praticar sua fé nas catacumbas pois, se pegos, eram jogados aos leões para servir de diversão.

Esses cristãos, tornaram-se católicos e perseguiram e assassinaram cristãos protestantes, negros, "bruxas" etc. Os protestantes, quando tiveram oportunidade e motivos (?), assassinaram católicos. Tudo amplamente registrado em ampla literatura.

Os NEGROS foram, e ainda são, uma das etnias mais perseguidas e humilhadas de toda a história da humanidade. Creio que não há exemplo maior, de como a cor da pele determina a vida e a morte, o sofrimento, a humilhação, as restrições e falta de oportunidades.

No entanto, no Nordeste brasileiro, mais de 600 escravos eram donos de escravos (João José Reis, UFBA). O próprio Zumbi de Palmares, símbolo da resistência e emancipação negra no Brasil, era proprietário de escravos. (Leandro Narloch, no Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil) (1).

Krueger (1990) publicou biografia de Mahommah Baquaqua, negro muçulmano trazido para o Brasil em 1845, que viajou par o Estados Unidos para entregar sacas de café de seu senhor e fugiu. Esse "fujão" relatou: “Conheci vários tipos de igreja aqui. Algumas delas pregam o evangelho, mas não se preocupam com o pobre escravo, não oram por eles, e acreditam que a escravidão é boa. Eles são cristãos, Senhor! Não posso acreditar jamais (...) Acredito que o Cristão ore pelo infeliz escravo e pregue contra a escravidão” (2).

Fico impressionado ao perceber que existe CRISTÃO que apresenta sinais de discriminação contra negros, pobres, nordestinos, gays ou até em relação há outros cristãos por questões de "convicção" religiosa.

Fico impressionado ao perceber que existe NEGRO, "pardo" ou branco com ascendência negra, que discrimina pobres, nordestinos ou gays. Há cristão negro (ou "pardo"), intolerante com as religiões afro-brasileiras.

Me impressiona o fato de existir BRANCO, natural dos estados do sul e sudeste brasileiro, discriminado na cristã América do Norte por ser latino, que se permite discriminar nordestinos.
Me impressiona o fato de existir GAY que discrimina pobres, nordestinos e negros ou demonstra desrespeito e intolerância aos cristãos, por suas crenças e modo de vida.

Fico impressionado ao perceber que existe europeu branco e JUDEU (outras das mais perseguidas nações da história), que discrimina palestinos.

Os exemplos e variações são quase infindáveis. Não vale a pena se alongar.

Me sinto no dever de refletir sobre (in)tolerância e (des)respeito à liberdade e à cidadania, pois, eu mesmo, como nordestino, negro, cristão e de origem humilde, também tenho minhas "convicções".

Alerto que não vou deixar (sem resistência) que outros invadam minhas convicções e destruam minha visão de mundo. Tenho, então, minhas próprias demonstrações de intolerância ou até discriminação.

Posso me defender dizendo que se trata da formação cristã da qual não abro mão, da minha ideologia de classe (ou seja, a forma como defendo meus privilégios na sociedade). A visão própria de mundo sempre parece ser a melhor para todos, mesmo que a história esteja repleta desse tipo de erro.

Às vezes, por qualquer motivo, tememos exumar nossas "razões". Mas, estou tentando entender. Estou buscando ajustar meu discurso, minha postura e as ideias que defendo na sociedade, na família, na igreja e entre meus amigos.

Não tenho a fórmula certa. Mas, seja qual for a minha posição política, religiosa, étnica ou social, sinto que preciso e devo ser tolerante, preciso e devo ser respeitoso. Preciso e devo contribuir para que as pessoas encontrem formas para exercer seu modo de vida, sem pretender impor essa condição aos outros.

*É professor da UERN e vereador de Mossoró

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Carlos Augusto tem reunião com Jório Nogueira

Um encontro político ocorrido nesta quarta-feira, no restaurante Tche, em Mossoró, está dando o que falar nos bastidores da política mossoroense: o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido da ex-governadora e ex-prefeita Rosalba Ciarlini, com o presidente da Câmara Municipal, vereador Jório Nogueira (PSD).

Pelo que o blog ficou sabendo, o teor da conversa não foi outra senão 2016. Passado bem a limpo, diga-se de passagem. Como todo mundo sabe que existe distanciamento visível entre o prefeito Francisco José Júnior (PSD) e Jório Nogueira. Obviamente que não se sabe da existência de algum rompimento. Mas o certo é que o pensamento de um já não bate com o que pensa o outro. Daí o distanciamento.

Assim sendo, a conversa entre Carlos Augusto e Jório Nogueira seria um indicativo de aproximação do grupo rosalbista com o presidente da Câmara Municipal de Mossoró. Apesar de ter sido a primeira reunião deles, entende-se que outros encontros ocorrerão e que alguns nortes serão apontados.

O blog imagina que, de algum modo, o distanciamento de Jório Nogueira do prefeito Silveira Júnior deverá ser maior e mais visível. Assim procedendo, o grupo liderado por Carlos Augusto já teria em mente alguma tática que envolvesse o isolamento político do prefeito. Algo que, de algum modo, já acontece, pois o prefeito se isolou por si próprio.