Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Reitor propõe parceria à gestão do Hospital Materno

O papel da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no que diz respeito ao Hospital Materno Infantil que será construído em terreno do Campus Central – em Mossoró – pelo Governo do Estado e com recursos do programa “RN Sustentável”, será de provocar (no bom sentido) a gestão da saúde pública potiguar (estadual e municipal), no sentido de se definir o modelo de administração da unidade hospitalar.

Segundo o reitor Pedro Fernandes, trata-se de um tema que, definitivamente, deve ser tratado especificamente pelas Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) e Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Para ele, uma cidade do porte de Mossoró, que é vitrine para cerca de 70 municípios da região, não pode perder a oportunidade de dispor de um serviço que já se mostrou, e ainda se mostra, importante para a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, bem como para a própria região Oeste do Estado.

Sendo uma cidade-polo, Mossoró, na visão do reitor Pedro Fernandes, não pode – e nem deve – abrir mão do projeto que está inserido no programa RN Sustentável. E afirmou que caberá à Sesap ou à Secretaria Municipal de Saúde a gestão do Hospital Materno Infantil. Obviamente, disse o reitor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, que a unidade hospitalar contará com atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Para tanto, o reitor está fazendo a sua parte. Nesta semana que passou, Pedro Fernandes se reuniu com a secretária municipal de Saúde, Leodise Cruz, e tratou do tema. Embora preliminarmente, já que não se tem, ainda, cronograma anunciado à execução da obra, com prazos estabelecidos ao início dos serviços e sua conclusão.

O que se tem, de informação, é que o Governo do Estado lançou licitação à contratação de projetos arquitetônicos ao Hospital Materno Infantil. Na reunião, ocorrida na quarta-feira última, Pedro Fernandes falou em unificação de discursos, da Uern e Prefeitura, no sentido de que juntas possam levar à Secretaria Estadual de Saúde o mesmo interesse.

“A Uern é uma apoiadora e incentivadora. Estamos cedendo o terreno, mas compete aos órgãos (Sesap e SMS) a gestão do hospital”, comentou Pedro Fernandes, acrescentando que já conversou com o secretário estadual de Saúde, Ricardo Lagreca, sobre a possibilidade de discutir o tema com a Prefeitura de Mossoró. Primeiramente, frisou Pedro Fernandes, a discussão deverá girar em torno do cronograma. “É preciso esclarecer o cronograma da obra”. E continuou: “o município carece desse espaço e estamos trabalhando para que Mossoró não perca essa oportunidade”, afirmou.


Unidade comportará Serviços do Hospital da Mulher

A construção do Hospital Materno Infantil em Mossoró, via programa RN Sustentável, está orçada em R$ 100 milhões. A verba faz parte do pacote de pouco mais de R$ 1 bilhão (US$ 540 milhões), fruto de financiamento junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

A ideia é dotar a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte de infraestrutura necessária à realização de partos (normais e cesáreos), bem como unidades para acolhimento de recém-nascidos com algum tipo de problema. Algo ampliado, em termos de serviços, no Hospital da Mulher.

A ideia de parceria envolvendo a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Prefeitura de Mossoró e Governo do Estado se voltaria, pelas palavras do reitor Pedro Fernandes, à ampliação de algo já existente em Mossoró. É que o Hospital da Mulher, custeado pelo Governo do Estado, representa elevado gasto com sua manutenção, pagamento da equipe médica e de enfermeiros, bem como de equipe de suporte, além do aluguel do prédio. Com o Hospital Materno Infantil, os serviços serão transferidos para o Campus Central da Uern.

Além disso, a unidade hospitalar serviria como eixo às aulas teóricas e práticas dos cursos que se voltam à área da saúde (Medicina, Enfermagem, Serviço Social e Educação Física) para que os universitários possam ter maior contato com suas futuras profissões. Daí o reitor Pedro Fernandes enfatizar a importância, ao presente e futuro, das atividades de ensino, pesquisa e extensão no Hospital Materno Infantil.



SMS: possibilidade de assumir gestão não está descartada

O discurso unificado entre a Prefeitura de Mossoró e a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), para a secretária municipal de Saúde, Leodise Cruz, se volta a um acordo de levar a discussão da implantação do Hospital Materno Infantil, que será construído com recursos do RN Sustentável, ao secretário estadual de Saúde, Ricardo Lagreca.

As duas instituições querem discutir o pleito com o secretário, falando da importância em Mossoró ter um hospital dessa natureza, que poderá atender pacientes de Mossoró e região Oeste. No caso, a Universidade entra com a cessão do terreno, situado no campus central, e o Município quer saber em que pode ajudar o Estado na manutenção funcional ou estrutural da unidade.

Para Leodise Cruz, a implantação do Hospital materno Infantil representa o preenchimento de uma lacuna ainda existente em Mossoró e região. “A implantação dessa unidade ampliará o atendimento em Mossoró e região, também auxiliando o Hospital Maternidade Almeida Castro e o Hospital da Mulher na realização de partos e cuidados com a mulher e o bebê, seja no método Canguru, Rede Cegonha e outros projetos nessa área”, disse Leodise Cruz.

Perguntada sobre a possibilidade da Prefeitura de Mossoró ser a gestora do Hospital Materno Infantil, a secretária municipal de Saúde respondeu que esse é um dos temas que serão discutidos com o secretário estadual de Saúde. Leodise Cruz enfatizou que na reunião realizada na quarta-feira o assunto foi discutido por alto e ficou decidido que ela e o reitor da Uern irão tratar do assunto com o secretário estadual de Saúde. Administrar o Hospital Materno Infantil, enfatizou a secretária, é uma proposta que não está descartada.

Leodise Cruz também enfatizou que a Secretaria Municipal de Saúde quer colaborar com a manutenção do hospital, assim como a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Mas frisou que a construção da unidade, com recursos do programa RN Sustentável, é tarefa do Governo do Estado.

Caso a parceria tenha continuidade, a ideia praticamente tiraria do Orçamento Geral do Município a proposta de construção ou aquisição de prédio ao funcionamento de um Hospital Municipal. Até porque o volume de recursos que consta do OGM, de R$ 5 milhões, são insuficientes para se pensar em construção e também aquisição de equipamentos.


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