Os últimos dias têm sido de ataque à candidata do PSB à presidência da República. Como se Marina Silva, de uma hora para outra, passasse a ser a própria encarnação do mal que assola a sociedade brasileira. E, diferentemente do que se apresenta a esquerda da política nacional, que defende - em tese - a máxima de que não se pode fazer acusação por acusação, que não se pode julgar por aparências ou dogmas religiosos, o que se vê é uma coisa sem explicação.
É como se, de uma hora para outra, Marina Silva fosse a própria imagem de satã e que merecesse ser expurgada do cenário político nacional de uma vez por todas.
Fala-se que Marina mudou de opinião. E que muda não sei quantas vezes. Digo que feliz é a pessoa que sabe da importância de mudar de opinião. O triste é permanecer em uma falácia que, perdoe-me alguns, não leva a lugar algum.
Querem exemplo maior de mudança de opinião que o próprio Luis Inácio Lula da Silva? Para se eleger presidente pela primeira vez ele teve que mudar conceitos sobre partidos de direita. E buscou no empresário José de Alencar (PR) - já falecido - a garantia de que precisava para acalmar os ânimos de quem manda na economia brasileira.
A hoje presidente Dilma Rousseff precisou se unir ao PMDB para chegar lá.
Ou seja: todos nós mudamos. Quem éramos ontem não somos hoje e o que seremos amanhã o seremos totalmente diferente do agora.
Então, esse discurso mole de criticar algum candidato por suas convicções religiosas, de que este mudará o que se pensa sobre o laicismo do Brasil, tudo isso é mentira besta.
O PT está no poder há 12 anos. e se está com medo de perder o comando do Brasil é porque, de alguma forma, deixou de fazer o dever de casa. Simples assim!
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