Prefeitura Municipal de Assú

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Nepotismo que não se acaba mais

Dias passam e outros virão, mas uma coisa não muda: o nepotismo. Sim, senhor: aquela prática de acomodar parentes em cargos de confiança ou comissionados, como queiram. O Brasil está cheinho de casos. O Rio Grande do Norte não é regra à parte e suas cidades apresentam casos escabrosos de tentativa de extensão do poder público aos quintais das casas de quem está nas Prefeituras.

Não precisa nem procurar vestígios disso nos chamados municípios de grande porte, pois se existem são camuflados. É nas pequenas onde a coisa descamba. Parece até que os prefeitos não encontram pessoas com a devida capacidade para assumir secretarias e outros cargos e procuram nos de casa algo que deveriam encontrar em alguém que não fizesse parte do círculo familiar. Mas aí é querer demais.

Nem a lei antinepotismo é capaz de frear a voracidade por cargos públicos, a qual se vê desenfreadamente pelo interior do Rio Grande do Norte. O blog não vai se aprofundar sobre o assunto, mas citará um exemplo, no qual se percebe com clareza a falta de cuidado ou até de zelo coma  coisa pública. Não que parentes de prefeitos não tenham condições ou capacidade para assumir tais cargos, mas é que algo que fere frontalmente uma palavrinha bastante desacreditada e esquecida nos dias de hoje: ética.

Vejam vocês o que ocorre em Grossos: lá o prefeito José Maurício de Souza (PMDB) substituiu o irmão, o ex-prefeito João Dehon da Silva (PMDB) no dia 6 de outubro do ano passado na campanha. A eleição foi no dia 7 de outubro. Maurício ganhou. Com a posse dele, levou para a Prefeitura o irmão, que assumiu a Chefia de Gabinete.

Não satisfeito, ou atendendo orientações do irmão - que certamente teria sido eleito prefeito novamente caso não tivesse caído com a Lei da Ficha Limpa - nomeou outros parentes. Além de João Dehon, tem uma irmã dos dois que responde pela Secretaria de Administração e Finanças, a ex-cunhada do prefeito e ex-mulher do ex-prefeito foi indicada para cargo de comando na Escola Municipal Sagrado Coração de Jesus, e recentemente a sobrinha do prefeito e filha do ex-prefeito, que respondia pela Gerência de Cultura (se o blog não está equivocado), foi nomeada para a Secretaria Municipal de Saúde.

É mole?

Em outras palavras, o nepotismo desenfreado que se vê pelo interior do RN evidencia claramente que não se tem mais essa de administrar o patrimônio público para todos. O que importa é atender, primeiro, os interesses familiares. Se der tempo, atende-se os outros. A regra se mostra clara.

Se você não acredita, veja aqui.

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