Prefeitura Municipal de Assú

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Henrique contradiz tese de que é cedo para tratar de 2014 e fecha aliança com PSD

Teoria e prática, definitivamente, não caminham juntas na política do Rio Grande do Norte. É o que se constata com as recentes afirmações e movimentações de algumas lideranças potiguares. E é também o que se percebe claramente nas frases externas e atos internos do presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Eduardo Alves – que comanda o PMDB do RN. Henrique tem dito à imprensa que 2014 será discutido em 2014.

Longe dos flashes das máquinas fotográficas e dos gravadores, a postura dele é totalmente contrária ao que diz. Uma prova desta afirmação diz respeito à decisão tomada ontem, envolvendo Henrique Alves e o deputado federal Fábio Faria (PSD), em Brasília: PMDB e PSD caminharão juntos na chapa proporcional, na qual se enquadram candidatos à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa.

“Tivemos uma reunião administrativa, tratamos demandas da Mesa Diretora da Câmara, mas não podemos deixar de conversar sobre as questões políticas do nosso Estado. Ficou acordado que o PSD vai integrar a mesma coligação que o PMDB e outros partidos já definidos, e faremos uma reunião em breve com a presença do presidente do PSD, vice-governador Robinson Faria, e lideranças das duas legendas”, afirmou Fábio Faria em sua cota pessoal do Twitter.

A afirmação de Fábio Faria derruba a tese defendida pelo presidente da Câmara Federal, de que o momento não é de discutir temas da política partidária e que a hora seria de centrar esforços ao desenvolvimento do Rio Grande do Norte. É a segunda demonstração de contradição por parte de Henrique Alves. A primeira diz respeito à reunião de amanhã, sexta-feira, quando o PMDB decidirá se romperá ou não politicamente com a governadora democrata Rosalba Ciarlini. A segunda é a definição da aliança proporcional.

No que diz respeito à aliança, compreende-se que o PSB da vice-prefeita e ex-governadora Wilma de Faria fica fora dos planos do PMDB e PSB. Até porque o ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho (PMDB), tem conversado com amigos e correligionários sobre a não-possibilidade de dividir o mesmo palanque com Wilma. Ele ainda não digeriu a derrota sofrida em 2006, quando ela venceu Garibaldi no segundo turno ao Governo do Estado.

Neste cenário já iniciado, a leitura que se faz é que PMDB e PSD tendem a convocar o PT para compor a aliança, fechando assim uma provável composição à chapa majoritária, uma vez que o vice-governador Robinson Faria – presidente estadual do PSD, não esconde seu desejo de disputar o Governo do Estado. Contudo, uma segunda vertente pode ser atribuída: PMDB e PSD unidos na chama proporcional e separados na majoritária. Foi o que aconteceu em 2010, quando PMDB, PR e PV se aliaram apenas para eleição de deputado federal e estadual.

E é aí que está a questão: com o afastamento do PMDB do governo Rosalba Ciarlini, ficou no ar a possibilidade do PR seguir o mesmo caminho. Ocorre que a governadora nomeou a ex-prefeita Shirley Targino para a vaga deixada com a saída do peemedebista Luiz Eduardo Carneiro da Secretaria Estadual do Trabalho, Habitação e Assistência Social (SETHAS). Ela é do PR e se soma ao também secretário Renato Fernandes (PR), que responde pela pasta do Turismo. Ou seja: para quem vai romper, dificilmente o PR aceitaria ampliar seu espaço no governo.


O que se quer dizer é que a aliança PMDB e PR estaria ameaçada e os peemedebistas já trataram de convidar o PSD para ocupar a lacuna que, em tese, seria deixada pelos republicanos.

Fonte: Jornal de Fato

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