Prefeitura Municipal de Assú

terça-feira, 8 de maio de 2012

Indicação de Henrique tem voto implícito do PSB

Qual o interesse do PMDB em indicar um candidato a vice-prefeito sem expressão política e que não acrescenta nada à chapa encabeçada pelo DEM?

Pergunta que é sendo feita em Mossoró e para a qual começam a surgir algumas suposições.

A primeira delas, e a que aparece com maior força, envolve a Câmara Federal.

É sabido que o presidente estadual do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo Alves, almeja assumir a presidência da Câmara dos Deputados. Até aí, tudo normal.

Ocorre que, para chegar lá, Henrique teria que conseguir o essencial: voto de seus pares.

A deputada federal Sandra Rosado é líder do PSB na Câmara. Mesma função exercida por Henrique no PMDB.

Até aí, tudo ok. Contudo, para obter os votos do PSB, Henrique Alves precisaria "mimar" Sandra Rosado.

Ninguém esquece que quando da inauguração da nova agência do INSS em Mossoró Henrique Alves foi só mimos para Sandra Rosado e à deputada estadual Larissa Rosado, nome do PSB à Prefeitura de Mossoró. Em seu discurso, ele "esqueceu" de citar a prefeita Fafá Rosado (DEM). Entendeu-se, a partir daquele momento, que o PMDB iria aprontar com o Democratas.

E o que se esperava veio: a indicação do PMDB. O blog não tem nada contra o indicado, no caso o filho da ex-vereadora Gilvanda Peixoto.

Politicamente, a indicação cheira negociação PMDB/PSB em troca de voto de Sandra e de sua bancada na Câmara Federal ao projeto pessoal de Henrique Eduardo Alves.

Ninguém, em sã consciência, crê que a indicação do PMDB - de uma pessoa desconhecida da grande massa e inexpressiva politicamente, acrescente algo à chapa do DEM.

A formação da chapa beneficia somente ao PSB. 

Henrique Alves vem dizendo no Twitter que apresentou o nome ao DEM e que caberia ao Democratas aceitá-lo ou indicar outra pessoa. Nos bastidores, contudo, a coisa não foi dessa maneira. Houve ameaça de rompimento, e caso não se aceitasse a indicação, o PMDB iria apoiar o PSB.

Não precisa ser expert em política para chegar a esse raciocínio. É só ir ligando os pontos.

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