Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 9 de maio de 2011

‘A Apamim é filantrópica e não existe dono’

Aprefeita Fafá Rosado (DEM) descartou a possibilidade de renunciar ao mandato para atender uma especificidade política, o que beneficiaria a vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM). Fafá afirmou que vai cumprir seu mandato até o último dia. “Foi o povo quem me concedeu esse mandato e pretendo concluí-lo, trabalhando até o último dia. Ruth (Ciarlini) é uma excelente companheira, trabalha de mãos dadas comigo, como vice-prefeita, e vamos juntas até o fim”, afirmou a prefeita, acrescentando que é natural que especulação do tipo seja feita. Ela também disse que o fato de o grupo governista estar com quatro nomes à sua sucessão – vereadores Cláudia Regina e Chico da Prefeitura e os secretários Alex Moacir e Francisco Carlos – não quer dizer que haja esfacelamento do sistema. “Demonstra que o grupo tem bons nomes e que estamos trabalhando com pessoas competentes e que conhecem realmente o município. Para mim, é uma satisfação todos esses nomes, que têm ligação direta com a nossa administração, estarem sendo lembrados para suceder o nosso mandato”, disse. Confira a entrevista:


Qual a possibilidade de haver uma renúncia de sua parte?

FAFÁ ROSADO - Quando somos escolhidos pelo povo, temos que corresponder. Foi o povo quem me concedeu esse mandato e pretendo concluí-lo, trabalhando até o último dia. Ruth (Ciarlini) é uma excelente companheira, trabalha de mãos dadas comigo, como vice-prefeita, e vamos juntas até o fim.

A QUE a senhora atribui essa especulação de que poderia haver uma renúncia para beneficiar a vice-prefeita Ruth Ciarlini?

ACHO que é normal que as pessoas fiquem especulando. Até pela afinidade que temos, eu e Ruth, bem como eu e a governadora Rosalba Ciarlini. Sei que isso não é o desejo delas, que querem que a gente conclua o nosso mandato e, consequentemente, outros mandatos virão para Ruth, ou se for o caso, de contribuir com outros mandatos... Ou sem mandato mesmo. Sei que o nosso desejo é servir ao Rio Grande do Norte e a Mossoró.

O GRUPO ao qual a senhora pertence está com quatro nomes à sua sucessão. Esse número não chega a incomodar, já que suscita especulações de renúncia, de escolhas?

ACHO que quanto mais opções, melhor. São nomes que surgiram e que contribuem com a administração e isso é salutar. Demonstra que o grupo tem bons nomes e que estamos trabalhando com pessoas competentes e que conhecem realmente o município. Para mim, é uma satisfação todos esses nomes, que têm ligação direta com a nossa administração, estarem sendo lembrados para suceder o nosso mandato.


O DEM terá candidato próprio, como afirmaram a governadora Rosalba Ciarlini, o ex-deputado Carlos Augusto e a senhora...

ACREDITO que o nosso partido terá candidato próprio, como a governadora Rosalba falou e Carlos Augusto disse. Vamos ter um consenso com responsabilidade, com união, para marcharmos juntos e ganharmos o pleito para dar continuidade ao nosso trabalho a favor de Mossoró.


A PREFEITURA vem sendo acusada de tentar fechar as portas da Apamim...

ISSO de que o Município tenta fechar é totalmente improcedente, por hipótese alguma. Ao contrário. A Prefeitura de Mossoró ajuda bastante aos órgãos, tanto a Apamim quanto a outras instituições. A Apamim não é particular; é uma instituição filantrópica. A (Maternidade) Santa Luzia era particular e dependia de seus sócios. Se fechou, foi em comum acordo com os sócios. Agora, a Apamim é filantrópica e não existe dono. Se fecharam algumas unidades de saúde, outras abriram. A saúde do Brasil está muito mais para clínicas menores do que para hospitais grandes, e isso não é só em Mossoró; ocorre em capitais. Várias clínicas estão surgindo e as grandes estão desaparecendo. Em relação à Apamim, queremos contribuir e ajudar, como sempre fizemos com essa instituição filantrópica.

A SENHORA instituiu uma comissão para visitar algumas maternidades, tendo em vista o projeto de construção do hospital materno-infantil em Mossoró. Como está o trabalho dessa comissão?

É UM sonho nosso, pois Mossoró tem a necessidade desse hospital materno-infantil. Constituímos essa comissão, juntamente com a Universidade (Uern), já que se trata também de um hospital-escola, e isso é importante. É o desejo também da governadora Rosalba Ciarlini e, se Deus quiser, vamos concretizar o sonho de construir o hospital para dar maiores e melhores condições de assistência à mulher e à criança.

A SENHORA acredita na junção de forças para acelerar esse sonho?

ACREDITO, claro. A governadora está sensível, bem como o reitor (Milton Marques). Eu, logicamente, tenho todo o interesse para que Mossoró tenha esse hospital.


NO ANO passado, a senhora disse que no primeiro semestre de 2011 iria inaugurar a terceira UPA e iniciar a quarta. Essa palavra está mantida?

ESTÁ mantida, sim. A UPA do Belo Horizonte está praticamente em fase de conclusão. Estivemos com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e ele se comprometeu em nos ajudar com os equipamentos, já que nos outros municípios ele dotou as UPAs com recursos federais e a nossa é com verba própria, no valor de R$ 5 milhões. Ele disse que, como nós construímos, ele tem o desejo de nos ajudar em equipar. Tendo esse apoio, equiparemos e inauguraremos. Nosso desejo é inaugurar até julho. Assim que inaugurarmos e entregarmos à população, iniciaremos a quarta UPA para Mossoró ficar dotada com quatro UPAs, uma em cada eixo da cidade.

EM RECENTE visita da governadora Rosalba Ciarlini a Mossoró, ela disse que pretende inaugurar o primeiro trecho do Complexo Viário da Abolição no próximo ano. Como a Prefeitura pretende se adequar a essa nova realidade? Há outros projetos?

EXISTE a duplicação da Avenida Francisco Mota, que é exatamente para absorver o fluxo de veículos, que aumentará com o Complexo Viário da Abolição, que mudará totalmente o fluxo de veículos. O desejo do complexo veio no início da nossa administração. O projeto foi da nossa autoria. Fomos ao ministério (dos Transportes) e lá o ministro (Alfredo Nascimento) gostou da nossa ideia e hoje é uma realidade, juntamente com o Governo Federal e Governo do Estado.

COM as recentes chuvas, a malha viária de Mossoró está danificada em alguns trechos. A Prefeitura tem algum investimento para recuperar o asfalto?

TEM e até peço desculpas aos mossoroenses, pois a malha viária está totalmente deteriorada por força desse forte período invernoso que estamos passando. Assim que esse período terminar, vamos recuperar toda a malha viária da cidade. São mais de 180 ruas que serão recuperadas. Temos investimentos do PAC, mas a contrapartida do Município é de R$ 4,5 milhões. Tudo está legalizado para darmos um banho de asfalto, recuperando todas as ruas que estão danificadas.

JÁ QUE a senhora falou em PAC, existe ação definida para projetos aprovados pelo Ministério das Cidades?

COM certeza. Estamos indo a Brasília acompanhar a tramitação burocrática do PAC 2. Teremos o saneamento integrado que iremos fazer na área do Santa Helena 1 e 2, Santo Antônio... Tudo vai ser saneado e iremos sanear outras áreas. Mossoró ficará com 70% de área saneada. Nossa preocupação é proporcionar qualidade de vida. Iremos erradicar duas localidades subnormais (favelas): a do Tranquilim e a Wilson Rosado.

HÁ POUCO mais de um ano, a senhora lançou o Programa de Regularização Fundiária, atendendo a moradores do bairro Quixabeirinha. Essa ação será estendida a outros locais?

COM certeza. Começamos pela Quixabeirinha e beneficiamos quase mil famílias e vamos estender às outras áreas carentes. Já estamos estudando a área do Abolição IV. É um programa de cunho social grande, pois é a legalização do terreno, do imóvel. É importante que a Prefeitura valorize esse aspecto.

A PREFEITURA já anunciou a programação do Mossoró Cidade Junina...

CHEGAMOS à 15a. edição do Mossoró Cidade Junina. São 15 anos e estamos com desejo de que a edição de 2012 seja de sucesso total, com a valorização dos artistas da terra e dos que virão, bem como a parte cultural, que mostra a nossa história. A cada ano recebemos mais visitantes e tenho certeza de que será um sucesso, com mais visitantes, estimulando a cidade com aquecimento do nosso comércio. Quando o comércio aquece, todo mundo ganha, do pequeno ao grande, e ficamos felizes.

Fonte: Jornal de Fato

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