Prefeitura Municipal de Assú

sábado, 12 de março de 2011

Governismo tem seis nomes para 2012

O grupo governista segue com a máxima de que não se deve antecipar discussões relacionadas às eleições municipais de 2012. Apesar do aparente silêncio, a sucessão da prefeita Fafá Rosado (DEM) já movimenta os bastidores do cenário político mossoroense. Cinco nomes estão em evidência pelo agrupamento situacionista, mas um sexto elemento pode surgir, desde que as engrenagens políticas se encaixem e garantam a vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM) entrar no tabuleiro já evidente em Mossoró.

Além de Ruth, estão no páreo os vereadores Cláudia Regina (DEM) e Chico da Prefeitura (DEM), os secretários municipais Alex Moacir (PMDB) e Francisco Carlos (PV), além da secretária estadual de Infraestrutura, engenheira Kátia Pinto (DEM), que era auxiliar de Fafá.

Até agora, não se teve informações de que a prefeita tivesse opinado ou optado por um desses nomes. Isso evidencia que a decisão será em conjunto com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), embora Fafá Rosado tenha a prerrogativa de coordenar a própria sucessão.

Nesse tabuleiro de nomes, o grupo governista poderá repetir o embate que se travou em 2004, quando Fafá Rosado e Cláudia Regina foram para a linha de frente para viabilizar seus projetos políticos. Naquele ano, Fafá levou a melhor e Cláudia saiu candidata à vice-prefeita. Em 2008, o DEM mudou a composição da chapa: tirou Cláudia e colocou Ruth Ciarlini, que seria a candidata natural em 2012.

Contudo, nesse processo todo veio a eleição de 2010 e a então senadora Rosalba Ciarlini acabou sendo eleita governadora do Rio Grande do Norte ainda no primeiro turno. Em tese, a eleição de Rosalba obstacularia a projeção de Ruth à Prefeitura de Mossoró em 2012. Contudo, especula-se que o presidente municipal do DEM, ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, estaria trabalhando para que Ruth fosse a candidata do grupo no próximo ano. Para tanto, Fafá teria de deixar o cargo em abril de 2012 e, com isso, Ruth tentaria a reeleição.

Parece ser uma engenharia de fácil arrumação, mas não é. A renúncia de Fafá Rosado poderia parecer, à primeira vista, uma espécie de “estelionato” eleitoral, já que não iria concluir o mandato. Esse fator seria, em tese, um obstáculo ao fortalecimento do projeto de Ruth Ciarlini.

Diante desse quadro, cinco nomes continuam na disputa interna. Chico da Prefeitura tem dito que pode entrar na disputa pela Prefeitura. Falta-lhe, contudo, substância eleitoral. Embora ele tenha obtido pouco mais de 20 mil votos para deputado estadual nas eleições do ano passado, esse fator não o coloca como prioritário.

Cláudia Regina não esconde que trabalha para voos mais altos, mas a efetivação de seu nome depende de conversas que possam lhe garantir a condição de candidata ao Palácio da Resistência. O fato de ter apoiado o deputado federal Felipe Maia (DEM) nas duas últimas eleições, em detrimento do deputado federal Betinho Rosado (DEM), pode contar negativamente. A favor da vereadora tem o fato de ser vinculada politicamente ao senador José Agripino Maia, que assumirá a presidência nacional do Democratas.

Com relação a Francisco Carlos, o fato de ele ser filiado ao PV pode atrapalhar o projeto político que começa a ser desenhado. É que o DEM caminha para ficar distante do PV em 2012, principalmente na capital do Estado, onde a prefeita Micarla de Sousa (PV) buscará a reeleição e deverá enfrentar o deputado democrata Felipe Maia.

Com um candidato do DEM à Prefeitura de Natal, fica evidente que a governadora Rosalba Ciarlini não dará sequência à parceria política com Micarla, iniciada no ano passado. Caso Francisco Carlos queira seguir na disputa interna, o caminho seria migrar para outro partido, como o DEM ou o PMDB.

Já o secretário Alex Moacir tem ao seu favor o fato de poder contar com o apoio político do ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Filho (PMDB), e do presidente estadual do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo Alves. O fato de Garibaldi e Henrique terem influência em Brasília (DF) e, com isso, facilitado o acesso de Rosalba ao Governo Federal poderia ser visto como elemento surpresa às decisões para 2012.

 
Fonte: Jornal de Fato

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