Prefeitura Municipal de Assú

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Câmara viverá dia “D” nesta terça-feira

O dia de amanhã, 30, será a prova de fidelidade política do grupo governista da Câmara Municipal ao Palácio da Resistência. Especificamente aos vereadores que compõem o “G-4” – Francisco José da Silveira Júnior (PMN), Daniel Gomes (PMDB), Zé Peixeiro (PMDB) e Ricardo de Dodoca (PDT) –, que se dizem independentes. Já que os parlamentares afirmam que não são oposicionistas, a sessão da terça-feira próxima mostrará se as emendas sugeridas pelos vereadores da oposição serão acatadas pelo relator do Orçamento Geral do Município (OGM-2011).
Foram propostas 82 alterações, sendo que as de maiores impactos deixam a Prefeitura de Mossoró praticamente sem verba em algumas áreas, como a comunicação. Dos R$ 12 milhões propostos pelo Governo Municipal, a bancada de oposição e da agora independente subtraem quase R$ 10 milhões, dos quais R$ 8 milhões se destinam a pagamentos de precatórios.
A voz uníssona do bloco independente é de que agora os quatro vereadores querem ter vontade própria e decidir o que aprovam sem pressão. Diante disso, o que se entende é que a questão da votação do orçamento pesou na decisão dos parlamentares.
Na sexta-feira da semana retrasada, em coletiva à imprensa na Câmara Municipal, o novo grupo apresentou as razões do rompimento com o Palácio da Resistência. Indicado como líder dos independentes, Silveira Júnior afirmou que o “grito de independência” saiu em consequência da exoneração de pessoas que estavam ocupando espaços na Prefeitura de Mossoró e que haviam sido indicadas por Ricardo de Dodoca.
A informação foi refutada pelo chefe de Gabinete da Prefeitura de Mossoró, Gustavo Rosado. Segundo ele, questões relacionadas ao orçamento provocaram o rompimento. O que é certo é que o assunto está perto do fim. Primeiro, porque o OGU deve ser apreciado nas próximas sessões. O segundo é que o outro ponto levantado pelo bloco independente – a presidência da Câmara Municipal – também deve apresentar seus capítulos finais.
O que se vê na Câmara Municipal não é de agora. A dissidência de quatro vereadores do grupo governista tem ligação direta com a eleição à presidência da Casa.
Em julho passado houve convocação da mesa diretora para sessão extraordinária. Marcada para o dia 2. Havia consenso da bancada para que o grupo votasse pela recondução de Claudionor dos Santos (PDT) à presidência. Cinco vereadores não seguiram a orientação e votaram em Silveira Júnior. Foram contra a decisão do grupo os vereadores Daniel Gomes, Zé Peixeiro, Ricardo de Dodoca, Maria das Malhas e o próprio Silveira.
Ou seja: desde julho que havia um rompimento anunciado, embora sem ser concretizado. Diante desses fatores, houve a reação: a exoneração de pessoas indicadas pelos vereadores.

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